Juliana de Norwich (Inglaterra, 1342-1416). Obra: "Revelações do Amor Divino. Ed. Paulus. 2018 — Coleção Clássicos do cristianismo."
[Capítulo 70 – Décima sexta revelação – pág. (pdf) 164/165:][Juliana de Norwich diz:] Em toda essa abençoada revelação, nosso bom Senhor me deu a entender que a visão passaria e a fé é que mantém a abençoada revelação, por seu próprio desejo e sua graça.
[...] Pois nossa fé é contrariada de diversas maneiras por nossa própria cegueira e por nossos inimigos espirituais, de dentro e fora de nós. Por isso, nosso precioso amante nos ajuda com o olhar espiritual e o verdadeiro ensino, de diversas maneiras, de dentro e fora de nós, para podermos conhecê-lo. E, portanto, de qualquer maneira que nos ensina, deseja que o percebamos sabiamente, o recebamos docemente e nos mantenhamos fielmente nele.
Pois, acima da fé, não há nenhum bem seguro nesta vida, segundo vejo, e fora da fé, não há salvação para a alma, mas é na fé que o Senhor deseja que nos mantenhamos. Pois temos sua bondade e seu próprio agir para nos manter na fé, e pelo sofrimento, através dos inimigos espirituais, somos testados na fé e fortalecidos.
Pois, se nossa fé não tivesse nenhum inimigo, não mereceria ser recompensada, de acordo com o entendimento que tenho em todos os ensinamentos do Senhor.