Juliana de Norwich (Inglaterra, 1342-1416). Obra: "Revelações do Amor Divino. Ed. Paulus. 2018 — Coleção Clássicos do cristianismo."
[Capítulo 59 – pág. (pdf) 142/143:][Juliana de Norwich diz:] Nosso nobre Pai, Deus Todo-Poderoso, que é o ser, conhecia e nos amava desde antes de qualquer tempo. Desse conhecimento, em sua maravilhosa e profunda caridade e pelo presciente desígnio de toda a Santíssima Trindade,
desejou que a Segunda Pessoa se tornasse nossa Mãe. Nosso Pai deseja, nossa Mãe trabalha e nosso bom Senhor, o Espírito Santo, confirma. Portanto, cabe a nós amarmos nosso Deus em quem temos nosso ser, reverentemente dando-lhe graças e louvando-o por nossa criação, poderosamente clamando a nossa Mãe por misericórdia e piedade e ao Nosso Senhor, o Espírito Santo, por ajuda e graça.
[...] Eu entendi as três maneiras de contemplar a maternidade em Deus. A primeira é fundada na criação de nossa natureza; a segunda em assumir a nossa natureza – e assim se inicia a misericórdia e a graça; a terceira é a maternidade em ação, e nesta, pela mesma graça, tudo é distribuído, em cumprimento e largura, altura e profundidade sem fins.
E tudo isso é um único amor.