Santa Catarina de Gênova (Itália, 1447-1510). Obra: "Tratado do Purgatório. Ed. Santa Cruz. 2019." [Pág. 31:]Inferno
Penas moderadas pela misericórdia de Deus9. —
A pena dos condenados não é já infinita na quantidade, já que a suave bondade de Deus faz chegar o raio de sua misericórdia até o inferno. É certo que o homem, morto em pecado mortal, merece pena infinita e padecê-la em tempo infinito. Mas a misericórdia de Deus fez que somente seja infinito o tempo da pena, e limitou a pena na quantidade. Poderia sem dúvida ter-lhes aplicado uma pena maior que aquela que lhes foi dada. Oh, que perigoso é o pecado feito com malícia! O homem dificilmente se arrepende dele, e não arrependendo-se dele, permanece na culpa. E persevera o homem na culpa enquanto persiste a vontade do pecado cometido ou de cometê-lo.