Papa João Paulo II (18/05/1920 – 02/04/2005) [Encíclica Redemptor hominis, 4 de Março de 1979:]O Deus da criação revela-se como Deus da redenção, como Deus « fiel a si próprio », [56] fiel ao seu amor para com o homem e para com o mundo, que já se revelara no dia da criação. E este seu amor é amor que não retrocede diante de nada daquilo que nele mesmo exige a justiça. E por isto o Filho « que não conhecera o pecado, Deus tratou-o, por nós, como pecado ». [57] E se « tratou como pecado » Aquele que era absolutamente isento de qualquer pecado,
fê-lo para revelar o amor que é sempre maior do que tudo o que é criado, o amor que é Ele próprio, porque « Deus é amor ». [58]
E sobretudo o amor é maior do que o pecado, do que a fraqueza e do que « a caducidade do que foi criado », [59] mais forte do que a morte; é amor sempre pronto a erguer e a perdoar, sempre pronto para ir ao encontro do filho pródigo, [60] sempre em busca da « revelação dos filhos de Deus », [61] que são chamados para a glória futura. [62] Esta revelação do amor é definida também misericórdia; [63] e tal revelação do amor e da misericórdia tem na história do homem uma forma e um nome: chama-se Jesus Cristo.