Roberto Andrade Tannus. Obra "Conhecendo Melhor a Fé Católica. Ed. Gólgota. 8ª edição. Goiânia, 2018. 190p." [pág. 116/117:]Quando se dirigiu aos que avisaram que Sua Mãe estava naquele lugar, não quer dizer que estava faltando com a consideração e o respeito.
Muito pelo contrário, Jesus estava elogiando com muito amor a sua Mãe, ao dizer: "...Todo aquele quefaz a vontade do meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã, minha mãe."
Ao ouvir essas palavras de Jesus não podemos deixar de recordar o que disse Maria ao aceitar ser a Mãe do Messias: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua vontade." (Lc 1,38). Sim,
Maria buscou, acima de tudo, fazer a vontade do Pai e quem imitar seu exemplo fará parte da família de Jesus.
Indiretamente Jesus estava elogiando sua Mãe, pois mais do que ninguém ela conseguiu aderir ao plano de amor do Pai Celeste. Quem de nós não se sentiria alegre com este elogio?
Maria se despojou de seus planos e abraçou a vontade divina com todas as suas forças. Com isso o Evangelho quer nos mostrar também que Maria não foi escolhida por acaso para ser a Mãe do Salvador, mas foi preferida entre todas as mulheres para fazer parte da família de Deus em virtude de ter um coração todo entregue ao Senhor.
[...] Em terceiro lugar, o Evangelho quer nos ensinar que Maria não precisa de privilégios, ela não quer ser adorada como Jesus. Sendo sua Mãe, ela simplesmente poderia entrar e se assentar perto de seu Filho sem nenhuma cerimônia, sem pedir nada. Mas não, não foi assim que ela procedeu, fez questão de avisar que queria vê-Lo. Maria, se assim o quisesse, poderia usar dos privilégios que, por ser a Mãe do Mestre, certamente e naturalmente os teria. Mas ela não desejou privilégios e nem se prevaleceu deles. Preferiu ficar no meio do povo, onde é o lugar dos filhos de Deus. Ao invés de a si mesmo se exaltar, na sua humildade preferiu ficar no meio da comunidade dos primeis cristãos, animando-os e reunindo-os no Cenáculo (At 1,14).