Ano 0325 - Concílio Ecumênico de Niceia I: condenação da heresia do arianismo e reconhecimento da natureza divina e eterna de Jesus; criação da primeira parte do Credo (Símbolo) Niceno-Constantinopolitano; fixação da data da páscoa
Concílio Ecumênico de Niceia I (ano 325)
Decisão do Concílio:
O Concílio condenou a heresia do arianismo (que argumentava que Cristo não partilhava da mesma substância de Deus, mas foi criado por Deus como todas as outras criaturas) e afirmou a divindade e a eternidade de Jesus Cristo definindo a relação entre o Pai e o Filho como “de uma só substância”.
Criou a primeira parte do Credo/Símbolo Niceno, um símbolo de fé que reflete, de forma sintética e clara, a confissão genuína da fé recebida e admitida pelos cristãos. Nele consta que Jesus Cristo é "da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado, homoousios tou Patrou (consubstancial ao Pai)".
Fixou a data da Páscoa, sendo escolhido o primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera para a celebração.
Motivo do concílio:
Desde o fim da era apostólica, os cristãos começaram a debater as seguintes questões: Quem é o Cristo? Ele é mais divino que humano ou mais humano que divino? Jesus foi criado ou gerado? Sendo o Filho de Deus, Ele é coigual e coeterno com o Pai, ou é inferior em status do que o Pai? O Pai é o único Deus verdadeiro, ou o Pai, Filho e Espírito Santo são o único Deus verdadeiro? Um sacerdote chamado Ário, que negava a verdadeira divindade de Jesus Cristo, apresentou seu argumento de que Jesus não era um ser eterno, mas havia sido criado em um determinado momento pelo Pai. Bispos como Alexandre e o diácono Atanásio defenderam a posição oposta: que Jesus Cristo é eterno, assim como o Pai.