Internet No vídeo abaixo, o Padre Leonardo Wagner ensina que a bíblia chama de Inferno, Sheol ou Hades a parte inferior para onde iam os mortos no Antigo Testamento, independentemente de terem sido justos ou injustos (condenados). Portanto, antes da vinda de Jesus, os “infernos” eram divididos em duas partes: a dos que mereciam a condenação e os tormentos eternos do demônio e a dos justos, onde estavam Adão e Eva, Abraão, Noé, os patriarcas, os profetas e os demais justos mortos antes da vinda de Jesus. A parte dos justos, por sua vez, era dividida em duas: a dos justos que precisavam de purificação (que hoje chamamos de Purgatório), e a parte dos justos já purificados. O lugar dos justos também era chamado de “Seio de Abraão”, conforme Jesus nos diz na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:23). Antes da redenção trazida por Jesus, as portas do Paraíso (Céu) estavam fechadas. A Bíblia nos diz que quando Adão e Eva foram expulsos do Paraíso, Deus lacrou as portas e colocou dois arcanjos para que ninguém pudesse entrar. E isso se refere tanto ao Paraíso terrestre quanto ao celeste. É bom ressaltar que o Inferno dos condenados não é um estado da alma, mas uma realidade de tormento, onde há demônios e fogo. A partir da morte de Jesus, as portas do Paraíso foram reabertas. Quando se diz que Jesus “desceu aos infernos” ou à “mansão dos mortos”, significa, em primeiro lugar, que Ele morreu verdadeiramente, como qualquer homem. Em segundo lugar, a alma de Jesus, unida a Sua divindade, desceu aos infernos
não para salvar os condenados, mas para libertar os justos que estavam à espera da redenção. Apesar dos justos não serem atormentados pelo demônio, eles ainda sentiam uma grande angústia: a saudade de Deus, a vontade de estar em Sua presença, de unir-se a Ele, de voltar a viver no Paraíso. Segundo os padres da Igreja, os primeiros a serem resgatados foram Adão e Eva, porque Jesus, embora seja Deus, também é, segundo a Sua humanidade, filho de Adão. Por isso, ele disse a Adão: “Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho”.