Justino de Roma (100-165 d.C.). Obra: "I Apologia (155 d.C.) in Patrística: Padres Apologistas:. Vol. 2. Ed. Paulus. São Paulo. 1995. 324p." (pág. 67) “Assim é que os profetas anunciaram duas vindas de Cristo: uma, já cumprida, como homem desonrado e passível, a segunda, quando virá dos céus acompanhado de seu exército de anjos, quando ressuscitará também os corpos de todos os homens que existiram, revestirá de incorruptibilidade os que forem dignos, e enviará os iníquos, com percepção eterna, ao fogo eterno, junto com os perversos demônios. Vamos mostrar como foi profetizado que isso deverá acontecer. Foi o profeta Ezequiel quem disse assim. "Unir-se-á juntura com juntura, osso com osso, e as carnes voltarão a brotar. E todo joelho se dobrará diante do Senhor e toda língua o confessará" [Ez 37,7; Is 45,23, cf Rm 14,11]. Escutai o que foi dito sobre a percepção e o tormento em que se encontrarão os injustos. É o seguinte: "Seu verme não descansará e seu fogo não se extinguirá" [Is 66,24]. Então eles se arrependerão, quando de nada mais lhes valerá. Sobre o que dirão e farão os povos dos judeus, quando o virem vir em glória, o profeta Zacarias disse esta profecia. "Mandarei que os quatro ventos reúnam meus filhos dispersos, ordenarei ao vento norte que os traga e ao vento sul que não se oponha. Então haverá grande choro em Jerusalém, não pranto de bocas e lábios, mas pranto de coração; não rasgarão suas roupas, mas suas almas. Cada tribo baterá no peito,
olharão aquele que transpassaram e dirão: Por que, Senhor, nos desviaste de teu caminho? A glória que nossos pais bendisseram converteu-se em opróbrio para nós. [Zc 2,6; 12, 10-12; Jl 2,13]".”