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Culto às Imagens (devoção)

 Ninguém é obrigado a cultuar os santos e nem a ter imagens consigo. A imagem é apenas uma lembrança, uma fotografia. Os santos são apenas modelos que a Igreja coloca para nós, para que nos animemos na luta

Padre Hélio Libardi. Obra: Religião também se aprende. Volume 6. 2001. Ed. Santuário. Aparecida/SP. 101p. 2ª edição

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O caminho do povo com seus santos e devoções sempre teve e tem seus exageros, nascidos exatamente da falta de cultura e do desejo e necessidade de proteção cravados no coração das pessoas. Mas há alguns elementos básicos que devemos fixar:
I. Imagem de santo não é ídolo (a menos que a pessoa o faça). Ídolo diz respeito à concepção da pessoa e à ideologia que está por trás disso. Nenhuma expressão é transformada em Deus.
2. Imagem é uma expressão cultural de nossa crença. Nossos santos são pessoas que viveram o Evangelho dia-a-dia e enfrentaram, por causa da fé, as injustiças do mundo, mostrando um caminho, uma saída para os problemas e dificuldades de cada época.
3. Como expressão cultural de uma crença, a imagem lembra-nos a comunhão dos santos de que falamos na profissão de fé, que chamamos "Creio em Deus Pai".
4. Ninguém é obrigado a cultuar os santos e nem a ter imagens consigo. E até é bom que nos restrinjamos um pouco nessa questão de ter imagens, porque há verdadeiros exageros. Imagem não tem poder, é uma evocação, uma lembrança, uma fotografia. [...] Os santos são pessoas humanas como nós. Viveram nesse mundo, tiveram sua luta de cada dia, suas quedas, suas fraquezas, seus heroísmos. Temos santos em todos os tempos, com todos os dotes e em toda cultura. Todos eles nos mostraram através de suas vidas novos caminhos para seguir Jesus, nova maneira de viver o Evangelho. Eles foram uma bênção.
Alguns marcaram muito sua época, como Santo Afonso, Santo Inácio, São João Bosco, São Francisco, pelo caminho que traçaram, pelas expressões de suas vidas, pela doutrina que transmitiram. Outros viveram a vida na simplicidade do dia-a-dia, mesmo assim mostraram às pessoas como se pode seguir o Evangelho. [...] Hoje o Ministério da Igreja reservou-se esse direito de apresentar alguém à veneração pública como santo. Após longa pesquisa sobre a vida de uma pessoa, seus escritos, pregações, doutrinas, e após alguma intervenção extraordinária desta pessoa, a Igreja a declara santo ou santa. São processos caros e custosos. São modelos que a Igreja coloca para nós, para que nos animemos na luta.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.