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Lei X Obras X Fé X Graça

 Ao instituir a "Lei do Amor", Jesus não aboliu a antiga lei, mas levou-a à perfeição. No antigo testamento, havia dois tipos de lei: as Leis Naturais (ou Morais) dos Dez Mandamentos (nunca abolidas) e as Leis Civis e Religiosas (ou Cerimoniais), que foram abolidas por serem transitórias e incompatíveis com o Novo Testamento

Padre Paulo Ricardo

No vídeo abaixo, o Padre Paulo Ricardo explica que Jesus não veio para abolir a lei, mas para levá-la à perfeição, dando-lhe toda a sua força (Romanos 3:31). No Antigo Testamento havia dois tipos de lei: em primeiro lugar, uma lei perpétua, inscrita na própria natureza das coisas e revelada a Moisés na Aliança do Sinai, gravada em tábuas de pedra na forma dos conhecidos Dez Mandamentos. Em segundo lugar, as leis transitórias referentes às normas e regras da legislação civil dos antigos israelitas e dos preceitos rituais do culto mosaico, contidos sobretudo no Levítico. Todas estas normas e regras, provas claras de como o povo eleito foi-se aperfeiçoando em justiça e se inclinando à verdadeira moralidade ao longo do tempo, foram, sim, abolidas por Cristo, como, por exemplo, a "lei de Talião", que determinava: olho por olho, dente por dente" (Êxodo 21:24-25). Jesus as revoga para dar ao mundo um "novo mandamento", mais sublime e essencial: "Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei" (João 15:12). É o pleno cumprimento da Lei Antiga, gravada agora em nossas mentes e inscrita em nossos corações (Jeremias 31:33; Hebreus 8, 10).

Padre Paulo Ricardo

No link abaixo, o Padre Paulo Ricardo explica que no Antigo Testamento havia três tipos de leis: as Leis Naturais (ou Morais), as Leis Civis e as Leis Religiosas (ou Cerimoniais). As Leis Naturais estão resumidas nos Dez Mandamentos, que são as leis que já estavam escritas por Deus na própria natureza das coisas desde a Criação. Essas Leis nunca serão abolidas. As antigas Leis Civis, por sua vez, foram abolidas por Cristo, pois Ele não quis instituir um regime político “oficial”, uma vez que a solução proposta para a sociedade é o Evangelho, que deve inspirar as pessoas, com a convicção de que a nossa inteligência, quando virtuosamente aplicada, pode combater as ditaduras e a opressão dos povos, promover a liberdade e a dignidade das pessoas. Desse modo, quem deve construir as soluções civis e políticas somos nós mesmos, baseados nos princípios constantes nas Sagradas Escrituras. Afinal, a partir do Novo Testamento, o povo de Deus agora está presente em várias nações, vivendo sob vários regimes e leis próprias. Quanto às antigas Leis Religiosas (ou Cerimoniais), vemos que elas se referem a uma série de prescrições a respeito, por exemplo, da circuncisão, do sacrifício de touros, carneiros e bodes, de como deveria ser construído, em detalhes, o Templo de Jerusalém, da organização do sacerdócio levítico etc. Essas leis também foram abolidas, pois os cristãos não precisam mais seguir nada disso. A Profecia de Ezequiel já dizia: “Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo. Tirarei de vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne” (Ez 36,26). Esse novo coração é Jesus, é o Esposo! Jesus, o Messias prometido nas Antigas Escrituras preservou uma série de leis, como os Dez Mandamentos, mas instaurou outras novas leis, como as leis dos sacramentos (Eucaristia, Confissão, organização do culto do novo povo de Deus, Batismo etc) necessárias para o novo tempo. Eis o vinho e os odres novos. É bom ressaltar ainda que mesmo as novas leis serão abolidas quando Jesus retornar, porque no céu os sacramentos não serão mais necessários, pois veremos Deus face a face.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.