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Padre Paulo Ricardo

No vídeo abaixo, o Padre Paulo Ricardo explica que no Antigo Testamento havia uma aliança entre Deus e o povo de Israel constituída por Leis. Mas, para cumprir toda a Lei, era necessário cumprir cada um de seus preceitos. Portanto, era evidente que ninguém dava conta de cumprir a Lei como um todo (Tg 2:10). Foi por isso que Deus instituiu os sacrifícios, para a remissão dos pecados. Assim, uma vez no ano, no dia de Yom Kippur, o Sacerdote derramava o sangue do sacrifício de touros e carneiros no propiciatório, sobre a Arca da Aliança, pedindo o perdão dos pecados para todo o povo de Israel. Era, portanto, o dia da expiação, onde, por meio do sangue, o povo reconhecia perante Deus que eles mereciam a morte. Entretanto, já no Antigo Testamento, os profetas anunciavam que esses sacricífios eram insuficientes, pois não podiam purificar de forma definitiva o povo. Tanto que eles tinham de ser repetidos todos os anos. Os profetas Oséias e Ezequiel já anunciavam: "porque eu quero o amor mais que os sacrifícios, e o conhecimento de Deus mais que os holocaustos" (Os 6:6) "Eu vos darei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne". (Ez 36:26). O Catecismo da Igreja também ensina que "O nome de Deus salvador era invocado apenas uma vez por ano, pelo sumo sacerdote, para expiação dos pecados de Israel, depois de ter aspergido o propiciatório do «santo dos santos» com o sangue do sacrifício (18). O propiciatório era o lugar da presença de Deus (19). Quando São Paulo diz de Jesus que Deus O «ofereceu para, n"Ele, pelo seu sangue, se realizar a expiação» (Rm 3, 25), quer dizer que, na sua humanidade, «era Deus que em Cristo reconciliava o mundo consigo» (2 Cor 5, 19)" (Catecismo, item 433). Portanto, em Jesus Cristo veio o sacrifício perfeito, o perdão definitivo dos pecados, a purificação perfeita, o coração novo. Só Ele foi capaz de cumprir plenamente a Lei. Assim, Deus O destinou como instrumento de propiciação por seu próprio sangue.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.