C.S.Lewis (Reino Unido, 1898-1963). Obra: "Cristianismo puro e simples. 3ª edição, 2009." (pág. 231/233) “Pessoas de todos os tipos gostam de repetir a afirmação cristã de que
Deus é amor. Elas não se dão conta de que essas palavras só podem significar alguma coisa se Deus contiver pelo menos duas pessoas. O amor é algo que uma pessoa sente por outra. Se Deus fosse uma única pessoa, não poderia ter sido amor antes da criação do mundo.
[...] Aliás, talvez seja essa a diferença fundamental entre o cristianismo e todas as outras religiões: no cristianismo,
Deus não é um ente estático – nem mesmo uma pessoa estática -, mas uma atividade pulsante e dinâmica; é uma vida dotada de grande complexidade interna. É quase – por favor, não me julguem irreverente – como uma dança. A união entre o Pai e o Filho é algo tão vivo e concreto que ela mesma é também uma pessoa.
[...] Aquilo que nasce da vida conjunta do Pai e do Filho é uma pessoa real; é, com efeito, a terceira pessoa das três pessoas de Deus. Essa Terceira Pessoa é chamada, em linguagem técnica, de Espírito Santo ou "Espírito de Deus"”.