Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre dos Mestres. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 1999. 232p." “Cristo reorganizou o processo de construção das relações humanas entre seus discípulos. As relações interpessoais deixaram de ser um teatro superficial para ser fundamentadas num clima de amor poético, regado à solidariedade, à busca de aluda mútua, a um diálogo agradável. Os jovens pescadores que o seguiram, tão limitados culturalmente e que possuíam um mundo intelectual tão pequeno, desenvolveram a arte de pensar, conheceram os caminhos da tolerância, aprenderam a ser fiéis às suas consciências, vacinaram-se contra a competição predatória, superaram a ditadura do preconceito, aprenderam a trabalhar suas dores e suas frustrações, enfim, desenvolveram as funções mais importantes da inteligência. A sociologia, a psicologia e a educação poderiam ter sido mais ricas se tivessem estudado e incorporado os princípios sociológicos e psicossociais da inteligência de Cristo.”
[pág. 73]“Estranhamente, Cristo não escolheu para ser seus discípulos e, conseqüentemente, para revelar seu propósito e executar seu projeto um grupo de intelectuais da época, representado pelos escribas e fariseus. Esses tinham a grande vantagem de possuírem uma cultura milenar e uma refinada capacidade de raciocinar. Além disso, havia alguns que o admiravam muito. Porém pesava contra eles o orgulho, a auto-suficiência e a rigidez intelectual, o que impedia que se abrissem para outras possibilidades de pensar.”
[pág. 143]“Cristo tomou uma atitude arriscada, corajosa e desafiadora. Ele teve uma escolha incomum para levar a cabo o seu complexo desejo. Escolheu um grupo de homens iletrados e sem grandes virtudes intelectuais para transformá-los em engenheiros da inteligência e torná-los propagadores (apóstolos) de um plano que abalaria o mundo, atravessaria os séculos e conquistaria centenas de milhões de pessoas de todos os níveis culturais, sociais e econômicos...”
[pág. 144]