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Milagres
       Milagres do Novo Testamento

 A conversão do apóstolo Paulo (Saulo)

Bíblia Ave Maria (Atos dos Apóstolos 9:1-28)

1.Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes, 2.e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damas­co, com o fim de levar presos a Jerusalém todos os homens e mulhe­res que achasse seguindo essa doutrina. 3.Durante a viagem, estando já perto de Damas­co, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. 4.Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. 5.Saulo disse: “Quem és, Senhor?” Respondeu ele: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. [Duro te é recalcitrar contra o aguilhão”. 6.Então, trêmulo e atônito, disse ele: “Senhor, que queres que eu faça?”. Respondeu-lhe o Senhor:] “Levanta-te, entra na cidade. Aí te será dito o que deves fazer”. 7.Os homens que o acompanhavam enchiam-se de espanto, pois ouviam perfeitamente a voz, mas não viam ninguém. 8.Saulo levantou-se do chão. Abrindo, porém, os olhos, não via nada. Tomaram-no pela mão e o introduziram em Damas­co, 9.onde esteve três dias sem ver, sem comer nem beber. 10.Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor, numa visão, lhe disse: “Ananias!” –. “Eis-me aqui, Senhor” – respondeu ele. 11.O Senhor lhe ordenou: “Levanta-te e vai à rua Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso, chamado Saulo; ele está orando”. 12.(Este via numa visão um homem, chamado Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista.) 13.Ana­nias respondeu: “Senhor, muitos já me falaram deste homem, quantos males fez aos teus fiéis em Jerusalém. 14.E aqui ele tem poder dos príncipes dos sacerdotes para prender a todos aqueles que invocam o teu nome”. 15.Mas o Senhor lhe disse: “Vai, porque este homem é para mim um instrumento escolhido, que levará o meu nome dian­te das nações, dos reis e dos filhos de Israel. 16.Eu lhe mostrarei tudo o que terá de padecer pelo meu nome”. 17.Ananias foi. Entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: “Saulo, meu irmão, o Senhor, esse Jesus que te apareceu no caminho, enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo”. 18.No mesmo instante, caíram dos olhos de Saulo umas como que escamas, e recuperou a vista. Levantou-se e foi batizado. 19.Depois tomou alimento e sentiu-se fortalecido. Demorou-se por alguns dias com os discípulos que se achavam em Damasco. 20.Imediatamente começou a proclamar pelas sinagogas que Jesus é o Filho de Deus. 21.Todos os seus ouvintes pasmavam e diziam: “Este não é aquele que perseguia em Jerusalém os que invocam o nome de Jesus? Não veio cá só para levá-los presos aos sumos sacerdotes?”. 22.Saulo, porém, sentia crescer o seu poder e confundia os judeus de Da­masco, demonstrando que Jesus é o Cristo. 23.Decorridos alguns dias, os judeus deliberaram, em conselho, matá-lo. 24.Essas intenções chegaram ao conhecimento de Saulo. Guardavam eles as portas de dia e de noite, para matá-lo. 25.Mas os discípulos, tomando-o de noite, fizeram-no descer pela muralha dentro de um cesto. 26.Chegando a Jerusalém, tentava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não querendo crer que se tivesse tornado discípulo. 27.Então Barnabé, levando-o consigo, apresentou-o aos apóstolos e contou-lhes como Saulo vira o Senhor no caminho, e que lhe havia falado, e como em Damasco pregara, com desassombro, o nome de Jesus. 28.Daí por diante permaneceu com eles, saindo e entrando em Jerusalém, e pregando, destemidamente, o nome do Senhor.

Bíblia Ave Maria (Atos dos Apóstolos 22:1-24)

1.“Irmãos e pais, ouvi o que vos tenho a dizer em minha defesa.” 2.Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica, escutaram-no com a maior atenção. 3.Continuou ele: “Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade, instruí-me aos pés de Gamaliel, em toda a observância da lei de nossos pais, partidário en­tusias­ta da causa de Deus como todos vós também o sois no dia de hoje. 4.Eu persegui de morte essa doutrina, prendendo e metendo em cárceres homens e mulheres. 5.O sumo sacerdote e todo o conselho dos anciãos me são testemunhas. E foi deles que também recebi cartas para os irmãos de Damasco, para onde me dirigi, com o fim de prender os que lá se achassem e trazê-los a Jerusalém, para que fossem castigados. 6.Ora, estando eu a caminho, e aproximando-me de Damasco, pelo meio-dia, de repente me cercou uma forte luz do céu. 7.Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 8.Eu repliquei: Quem és tu, Senhor? A voz me disse: Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues. 9.Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem falava. 10.Então, eu disse: Senhor, que devo fazer? E o Senhor me respondeu: Levanta-te, vai a Damasco e lá te será dito tudo o que deves fazer. 11.Como eu não pudesse ver por causa da intensidade daquela luz, guiado pela mão dos meus companheiros, cheguei a Damasco. 12.Um certo Ananias, homem piedoso e observador da Lei, muito bem conceituado entre todos os judeus daquela cidade, 13.veio ter comigo e disse-me: Irmão Saulo, recobra a tua vista. Naquela mesma hora pude enxergá-lo. 14.Continuou ele: O Deus de nossos pais te predes­tinou para que conhecesses a sua vontade, visses o Justo e ouvisses a palavra da sua boca, 15.pois lhe serás, diante de todos os homens, testemunha das coisas que tens visto e ouvido. 16.E agora, por que tardas? Levanta-te. Recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome. 17.Voltei para Jerusalém e, orando no templo, fui arrebatado em êxtase. 18.E vi Jesus que me dizia: Apressa-te e sai logo de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a meu respeito. 19.Eu repliquei: Senhor, eles sabem que eu encarcerava e açoitava com varas nas sinagogas os que creem em ti. 20.E quando se derramou o sangue de Estêvão, tua testemunha, eu estava presente, consentia nisso e guardava os mantos dos que o matavam. 21.Mas ele me respondeu: Vai, porque eu te enviarei para longe, às nações...”. 22.Haviam-no escutado até essa palavra. Então, levantaram a voz: “Tira do mundo esse homem! Não é digno de viver!”. 23.Como vocife­rassem, arrojassem de si as vestes e lançassem pó ao ar, 24.o tribuno mandou recolhê-lo à cidadela, açoitá-lo e submetê-lo a torturas, para saber por que causa clamavam assim contra ele.

Bíblia Ave Maria (Atos dos Apóstolos 26:1-32)

1.Agripa disse a Paulo: “Tens permissão de fazer a tua defe­sa”. Paulo então fez um gesto com a mão e começou a sua justificação: 2.“Julgo-me feliz de poder hoje fazer a minha defesa, na tua presença, ó rei Agripa, de tudo quanto me acusam os judeus, 3.porque tu conheces perfeitamente os seus costumes e controvérsias. Peço-te, pois, que me ouças com paciência. 4.Minha vida, desde a minha primeira juventude, tem decorrido no meio de minha pátria e em Jerusalém, e é conhecida dos judeus. 5.Sabem eles, desde longa data, e se quiserem poderão testemunhá-lo, que vivi segundo a seita mais rigorosa da nossa religião, isto é, como fariseu. 6.Mas agora sou acusado em juízo, por esperar a promessa que foi feita por Deus a nossos pais, 7.e a qual as nossas doze tribos esperam alcançar, servindo a Deus noite e dia. Por essa esperança, ó rei, é que sou acusado pelos judeus. 8.Que pensais vós? É coisa incrível que Deus ressuscite os mortos? 9.Também eu acreditei que devia fazer a maior oposição ao nome de Jesus de Nazaré. 10.Assim procedi de fato em Jerusalém e tenho encerrado muitos irmãos em cárceres, havendo recebido para isso poder dos sumos sacerdotes; quando os sentenciavam à morte, eu dava a minha plena aprovação. 11.Muitas vezes, perseguindo-os por todas as sinagogas, eu os maltratava para obrigá-los a blasfemar. Enfurecendo-me mais e mais contra eles, eu os perseguia até no estrangeiro. 12.Nesse intuito, fui a Damasco, com poder e comissão dos sumos sacerdotes. 13.Era meio-dia, ó rei. Eu estava a caminho quando uma luz do céu, mais fulgurante que o sol, brilhou em torno de mim e dos meus companheiros. 14.Caímos todos nós por terra, e ouvi uma voz que me dizia­ em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra o aguilhão. 15.Então, eu disse: Quem és, Senhor? O Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem persegues. 16.Mas levanta-te e põe-te em pé, pois eu te apareci para te fazer ministro e testemunha das coisas que viste e de outras para as quais hei de manifes­tar-me a ti. 17.Escolhi-te do meio do povo e dos pagãos, aos quais agora te envio 18.para abrir-lhes os olhos, a fim de que se convertam das trevas à luz e do poder de Satanás a Deus, para que, pela fé em mim, recebam perdão dos pecados e herança entre os que foram santificados. 19.Desde então, ó rei, não fui desobediente à visão celestial. 20.Preguei primeiramente aos de Damasco e depois em Jerusalém e por toda a terra da Judeia, e aos pagãos, para que se arrependessem e se convertessem a Deus, fazendo dignas obras correspondentes. 21.Por isso, os judeus me prenderam no templo e tentaram matar-me. 22.Mas, assistido do socorro de Deus, permaneço vivo até o dia de hoje. Dou testemunho a pequenos e a grandes, nada dizendo senão o que os profetas e Moisés disseram que havia de acontecer, 23.a saber: que Cristo havia de padecer e seria o primeiro que, pela ressurreição dos mortos, havia de anunciar a luz ao povo judeu e aos pagãos”. 24.Dizendo ele essas coisas em sua defesa, Festo exclamou em alta voz: “Estás louco, Paulo! O teu muito saber tira-te o juízo”. 25.Paulo, então, respondeu: “Não estou louco, excelentíssimo Festo, mas digo palavras de verdade e de prudência. 26.Pois dessas coisas tem conhecimento o rei, em cuja presença falo com franqueza. Sei que nada disso lhe é oculto, porque nenhuma dessas coisas se fez ali ocul­tamente”. 27.“Crês, ó rei, nos profetas? Bem sei que crês!” 28.Disse, então, Agripa a Paulo: “Por pouco não me persuades a fazer-me cristão!”. 29.Respondeu Paulo: “Prouvera a Deus que, por pouco e por muito, não somente tu, senão também quantos me ouvem, se fizessem hoje tal qual eu sou... menos estas algemas!”. 30.Então o rei, o governador, Berenice e os que estavam sentados com eles se levantaram. 31.Retirando-se, comentavam uns com os ou­tros: “Esse homem não fez coisa que mereça a morte ou prisão”. 32.Agripa ainda disse a Festo: “Ele poderia ser solto, se não tivesse apelado para César”.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.