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Catecismo da Igreja Católica

"Item 1038. A ressurreição de todos os mortos, «justos e pecadores» (Act 24, 15), há-de preceder o Juízo final. Será «a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz e sairão: os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida, e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação» (Jo 5, 28-29). Então Cristo virá «na sua glória, com todos os seus anjos [...]. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. [...] Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna» (Mt 25, 31-33.46). 1039. É perante Cristo, que é a Verdade, que será definitivamente posta descoberto a verdade da relação de cada homem com Deus (636). O Juízo final revelará, até às suas últimas consequências, o que cada um tiver feito ou deixado de fazer de bem durante a sua vida terrena: «Todo o mal que os maus fazem é registado - e eles não o sabem. No dia em que "Deus virá e não se calará" (Sl 50, 3) [...]. Então, Ele Se voltará para os da sua esquerda: "Na terra, dir-lhes-á, Eu tinha posto para vós os meus pobrezinhos, Eu, Cabeça deles, estava no céu sentado à direita do Pai - mas na terra os meus membros tinham fome: o que vós tivésseis dado aos meus membros, teria chegado à Cabeça. Quando Eu coloquei os meus pobrezinhos na terra, constituí-os vossos portadores para trazerem as vossas boas obras ao meu tesouro. Vós nada depositastes nas mãos deles: por isso nada encontrais em Mim"» (637). 1040. O Juízo final terá lugar quando acontecer a vinda gloriosa de Cristo. Só o Pai sabe o dia e a hora, só Ele decide sobre a sua vinda. Pelo seu Filho Jesus Cristo. Ele pronunciará então a sua palavra definitiva sobre toda a história. Nós ficaremos a saber o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a sua providência tudo terá conduzido para o seu fim último. O Juízo final revelará como a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas pelas suas criaturas e como o seu amor é mais forte do que a morte (638). 1041. A mensagem do Juízo final é um apelo à conversão, enquanto Deus dá ainda aos homens «o tempo favorável, o tempo da salvação» (2 Cor 6, 2). Ela inspira o santo temor de Deus, empenha na justiça do Reino de Deus e anuncia a «feliz esperança» (Tt 2, 13) do regresso do Senhor, que virá «para ser glorificado nos seus santos, e admirado em todos os que tiverem acreditado» (2 Ts 1, 10). [...] 1059. «A santa Igreja Romana crê e firmemente confessa que, no dia do Juízo, todos os homens hão-de comparecer com o seu próprio corpo perante o tribunal de Cristo, para prestar contas dos seus próprios atos» (654)."

Catecismo da Igreja Católica

V. O JUÍZO FINAL 1038. A ressurreição de todos os mortos, «justos e pecadores» (Act 24, 15), há-de preceder o Juízo final. Será «a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz e sairão: os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida, e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação» (Jo 5, 28-29). Então Cristo virá «na sua glória, com todos os seus anjos [...]. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. [...] Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna» (Mt 25, 31-33.46). 1039. É perante Cristo, que é a Verdade, que será definitivamente posta em descoberto a verdade da relação de cada homem com Deus (636). O Juízo final revelará, até às suas últimas consequências, o que cada um tiver feito ou deixado de fazer de bem durante a sua vida terrena.

Santa Catarina de Sena (Itália, 1347-1380). Obra: "O Diálogo. Editora Paulus. 1ª edição. 14ª impressão. 2015. São Paulo. 409p." (pág. 93)

Resposta de Deus à Santa Catarina: “Falta-me discorrer sobre a terceira repreensão: o juízo final. Já falei das duas primeiras repreensões; passo a tratar do julgamento geral, quando a alma do condenado sentirá renovar-se o seu tormento, e mesmo aumentar, com a recuperação do corpo. Será um padecimento intolerável, acompanhado de muita confusão e vergonha. Quero que entendas quanto se enganam os pecadores (neste mundo). Por ocasião do juízo final, o Verbo encarnado virá com divina majestade para repreender o mundo. Não mais se apresentará pobrezinho, na forma como nasceu da Virgem numa estrebaria, entre animais, para morrer depois no meio de ladrões. Naquela ocasião, ocultei nele o meu poder e permiti que suportasse penas e dores como homem. A natureza divina se unira à humana e foi enquanto homem que sofreu para vossas culpas. No juízo final, não será assim, pois virá com poder a fim de julgar. As criaturas humanas estremecerão e ele a cada um dará a sentença conforme o merecimento. Tua língua não consegue exprimir o que sucederá aos condenados. Para os bons, Jesus será motivo de temor santo e alegria imensa. Em si mesmo, meu Filho não terá diferenças, pois sendo Deus, é imutável. Ele é uma só coisa comigo. Pela glória da ressurreição, até sua natureza humana não padece mudanças. Mas os condenados não o verão assim. Olhá-lo-ão com vista obscurecida e horrível, como lhes é próprio.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.