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Batismo dos cristãos

 O batismo das crianças é válido e necessário para entrar no Reino de Deus

Bíblia Ave Maria (Atos dos Apóstolos 16:13-15.29-34)

13.No sábado, saímos fora da porta para junto do rio, onde pensávamos haver lugar de oração. Aí nos assentamos e falávamos às mulheres que se haviam reunido. 14.Uma mulher, chamada Lídia, da cidade dos tiatirenos, vende­dora de púrpura, temente a Deus, nos escutava. O Senhor abriu-lhe o coração, para atender às coisas que Paulo dizia. 15.Foi batizada juntamente com a sua família e fez-nos este pedido: “Se julgais que tenho fé no Senhor, entrai em minha casa e ficai comigo”. E obrigou-nos a isso. [...] 29.Então, o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trêmulo aos pés de Paulo e Silas. 30.Depois os conduziu para fora e perguntou-lhes: “Senhores, que devo fazer para me salvar?”. 31.Disseram-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família”. 32.Anuncia­ram-lhe a Palavra de Deus, a ele e a todos os que estavam em sua casa. 33.Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família. 34.Em seguida, ele os fez subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua casa por haver crido em Deus.

Nota/Comentário do site revelacaocatolica.com:

No batismo de famílias inteiras, como foi o caso da família de Lídia, presume-se que as crianças também foram batizadas.

Catecismo da Igreja Católica

1250. Nascidas com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, as crianças também têm necessidade do novo nascimento no Batismo para serem libertas do poder das trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus (44), a que todos os homens são chamados. A pura gratuidade da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. Por isso, a Igreja e os pais privariam, a criança da graça inestimável de se tornar filho de Deus, se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do seu nascimento (45). 1251. Os pais cristãos reconhecerão que esta prática corresponde, também, ao seu papel de sustentar a vida que Deus lhes confiou (46). 1252. A prática de batizar as crianças é tradição imemorial da Igreja. Explicitamente atestada desde o século II, é no entanto bem possível que, desde o princípio da pregação apostólica, quando «casas» inteiras receberam o Batismo se tenham batizado também as crianças (48). [...] 1282. Desde os tempos mais antigos, o Batismo é administrado às crianças, visto ser uma graça e um dom de Deus que não supõem méritos humanos; as crianças são batizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade.

Concílio Ecumênico de Trento (anos 1545-1548/1551-1552/1562-1563)

Sessão V – O Pecado Original – Decreto sobre o Pecado Original:
III. Se alguém afirmar que este pecado de Adão, que é único em sua origem e transfundido em todos pela propagação, não por imitação, se faz próprio de cada um, e que se pode retirar pelas forças da natureza humana, ou por outro meio que não seja pelo mérito de Jesus Cristo, nosso Senhor, único mediador, e que nos reconciliou com Deus pois por meio de sua Paixão fez para nós justiça, santificação e redenção, ou nega que o próprio mérito de Jesus Cristo se aplica tanto aos adultos, como às crianças por meio do sacramento do batismo, expressamente conferido segundo a fórmula da Igreja, seja excomungado, porque não existe outro nome entre os homens da terra, em que se possa obter a salvação. Daqui se pode lembrar as palavras: "Este é o Cordeiro de Deus, Este é O que tira os pecados do mundo". E também: "Todos vós que fostes batizados, vos revestistes de Jesus Cristo".
IV. Se alguém negar que as crianças recém nascidas precisam ser batizadas, ainda que sejam filhos de pais batizados, ou diz que batizam para que se lhes perdoem os pecados, porém que eles em nada participaram do pecado de Adão, para ser preciso purificá-los com o banho da regeneração para conseguir vida eterna, dessas afirmações é consequente que a forma de batismo entendida por eles, não é verdadeira, porém falsa na ordem da remissão dos pecados, então: sejam excomungados pois estas palavras do Apóstolo, "por um homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, e desse modo a morte atingiu todos os homens por aquele em quem todos pecaram", não devem ser entendidas em outro sentido senão aquele que sempre entendeu a Igreja Católica, difundida por todo o mundo. E assim, por esta regra de fé, conforme a tradição dos Apóstolos, mesmo as criancinhas que ainda não possam ter cometido pecado algum, recebem com toda verdade o batismo em remissão de seus pecados que contraíram devido à geração, para que sejam purificados, pois não pode entrar no Reino de Deus, sem que tenham renascido pela água e pelo Espírito Santo.
Sessão VII – Os Sacramentos do Batismo e da Crisma – Decreto sobre os Sacramentos – Cânones do Batismo:
Cânone XII – Se alguém disser que ninguém deve ser batizado antes que tenha a idade que tinha Cristo quando foi batizado, ou quando morreu, seja excomungado.
Cânone XIII – Se alguém disser que as criancinhas, depois de recebido o Batismo não devem ser contadas entre os fiéis, pois não fazem ato de fé, e que por este motivo devem ser rebatizadas quando cheguem à idade da razão, ou que é mais conveniente deixar de batizá-las, que conferir-lhes o Batismo com apenas a fé da Igreja, sem que elas creiam por ato próprio, seja excomungado.
Cânone XIV – Se alguém disser que deve-se perguntar às crianças, quando cheguem à idade da razão, se querem considerar como bem feito o que prometeram seus padrinhos em seu nome, quando foram batizadas, e que se responderem que não, deve-se deixar a seu arbítrio, sem incentivá-los entretanto a viver como cristãos, com a penalidade de separá-los da participação da Eucaristia e de outros sacramentos, até que se convertam, seja excomungado.

Jaime Francisco de Moura. Obra "Por que estes ex-Protestantes se tornaram Católicos: Testemunhos de ex-pastores e leigos que voltaram à Igreja Mãe. 1ª edição. Ed. Com Deus. São José dos Campos. 2003. 252p." (pág. 21)

Testemunho de conversão de Dave Armstrong, ex-Protestante: “Muitos protestantes negaram o batismo infantil, ao contrário da Tradição Cristã e da Bíblia (Atos 2, 37-39; 16,15; 16, 33; 18,8) (1Cor 1,16) (Colossenses 2,11-12). O Protestantismo é dividido em cinco acampamentos principais na questão do batismo.”

Scott Hahn. Obra: "Razões para crer – Como entender, explicar e defender a Fé Católica. Ed. Cleófas. 1ª edição. 2015." (pág. 16/17)

“Pude verificar que o batismo infantil era um costume muito antigo, e aqueles que se apegaram a esta prática tinham boas razões bíblicas para fazê-lo. O próprio Jesus disse: "Deixem as crianças, e não lhes impeçam de vir a mim, porque o Reino do Céu pertence a elas" (Mt 19, 14). O Senhor deixou claro que o Reino pertence a essas crianças e, o batismo, de alguma forma, é o sinal da chegada desse Reino (ver Mt 28,18-19) Quando Pedro fez sua primeira pregação da Boa-Nova, logo após Pentecostes, ele colocou a questão nos seguintes termos: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós e para vossos filhos" (At 2,38-39). Essas passagens do Novo Testamento tornaram o batismo de crianças plausível para mim, se não tão explícito quanto eu teria desejado. E quando li as razões que os estudiosos e sábios colocaram sobre a Bíblia inteira, em ambos os Testamentos, tais argumentos foram avassaladores. Quando considerava a Nova Aliança de Jesus luz da história das alianças de Deus com Seu povo, pude ver que essa disposição de incluir as crianças sempre foi feita. Se Deus acolheu os recém-nascidos de Israel mediante o ritual da circuncisão através de dois mil anos, por que, de repente, Ele fecharia o reino aos bebês só porque não podiam entender o ritual do batismo? E se Ele tivesse a intenção de fazer uma mudança tão radical nos termos da aliança, Ele não o teria dito de maneira explícita?”

Roberto Andrade Tannus. Obra "Conhecendo Melhor a Fé Católica.  Ed. Gólgota. 8ª edição. Goiânia, 2018. 190p."

[pág. 68/69:]

A Palavra de Deus menciona que o costume apostólico era batizar a família inteira, onde, é claro, as crianças não faltavam. É o caso da família de Lídia:
    E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia. E depois que foi batizada ela e sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso. (At 16,14-15)

A Bíblia menciona a palavra "casa" (em grego: oikos; em latim: domus), que significava todas as pessoas de uma mesma família, desde o maior até o menor, do ancião ao mais recente membro que havia nascido na família. Qual era o motivo pelo qual os apóstolos batizavam famílias inteiras? Pois a fé se tornava comum na casa de quem aceitava Jesus no seu coração. Da mesma forma, todos os que cresciam juntos, participavam da mesma vivência da fé cristã.
Outro caso de uma família inteira batizada por Paulo é a do carcereiro que Se converte ao Senhor:
    E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus. (At 16,30-33)
[...] São Paulo reforça que batizou uma família inteira: “E batizei também a família de Estéfanas; além destes não sei se batizei algum outro” (1 Cor 1,16).
[pág. 75:]

OUTROS SUBSÍDIOS BÍBLICOS:
Lv 12,3 = Pela circuncisão, rito estabelecido pela lei que se dava no oitavo dia, a criança passava a pertencer ao Polo Eleito;



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.