Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre do Amor. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2002. 229p." (pág. 80/81) Josefo é considerado um dos maiores historiadores de todos os tempos. Seus escritos se tornaram uma das mais ricas fontes de informações sobre povos antigos, sobre o império romano, Outros impérios e sobre o povo judeu. Ele faz importantes relatos sobre Augusto, Antônio, Cleópatra, os imperadores Tibério, Calígula, Cláudio, Nero, Vespasiano e Tito, sobre alguns reis da Síria e outros personagens. Sua contribuição para compreendermos o mundo antigo foi muito grande. Apesar de ter sido da linhagem dos fariseus, também faz uma descrição sintética, mas elogiosa e surpreendente, sobre a vida de Jesus e sobre os personagens que o envolveram, tais como o rei Herodes (o que mandou matar o menino Jesus), Arquelau e Pilatos. Seus escritos dão veracidade histórica a diversas passagens dos evangelhos. Os relatos diretos e sintéticos de Josefo sobre Jesus expressam como ele causava perplexidade e possuía grandeza nos seus gestos e palavras. Descreve que no tempo de Pilatos: "Apareceu Jesus, que era um homem sábio, se todavia devemos considerá-lo simplesmente como um homem, tanto suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer de ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas por muitos gentios. Era o Cristo. Os mais ilustres de nossa nação acusaram-no perante Pilatos e ele fê-lo crucificar. Os que o haviam amado durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas o tinham predito e que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, que vemos ainda hoje, tiraram o seu nome". Josefo considerava Jesus um sábio. De fato, como vimos, Jesus manifestou as funções mais importantes da inteligência, viveu o ápice da sabedoria. Considerava-o também um mestre cativante, pois provocava nas pessoas o prazer de ser instruídas. Jesus, de fato, abria as janelas de suas mentes e expandia as do pensamento. Josefo ainda dizia que Jesus tinha feito obras admiráveis e que ele era mais do que um ser humano. Talvez, por isso, tenha registrado que ele era o Cristo. Seu argumento sobre Jesus como o Cristo entra na esfera da fé, que, como tenho dito, é cunhada pelos ditames pessoais. Se lermos as obras de Josefo, não há sinal claro de que tenha se tornado um cristão.