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Jaime Francisco de Moura. Obra "Por que estes ex-Protestantes se tornaram Católicos: Testemunhos de ex-pastores e leigos que voltaram à Igreja Mãe. 1ª edição. Ed. Com Deus. São José dos Campos. 2003. 252p." (pág. 82)

Testemunho de conversão de Scott Hahn, ex-Ministro protestante: “Para Lutero, em outras palavras, a salvação é uma troca legal. Paulo nas cartas aos Gálatas, diz que a salvação é muito mais que isso. [...] Assim concluí que a "Sola fide" estava errada. Primeiro, porque a Bíblia nunca diz isso em qualquer lugar. Segundo, porque Lutero inseriu a palavra "só" na tradução para o alemão, embora ele soube perfeitamente bem que a frase "só " não estava no grego. Em nenhuma parte o Espírito santo inspirou os escritores da Bíblia para dizer que nós somos salvos só pela fé. Paulo nos ensina que somos salvos por fé, mas em Gálatas diz que nós somos salvos por fé e obras".


Jaime Francisco de Moura. Obra "Por que estes ex-Protestantes se tornaram Católicos: Testemunhos de ex-pastores e leigos que voltaram à Igreja Mãe. 1ª edição. Ed. Com Deus. São José dos Campos. 2003. 252p." (pág. 112/113)

Testemunho de conversão de Marcus James Akin, ex-Ministro Protestante: “Eu também comecei a ter problemas com as duas doutrinas fundamentais do protestantismo: sola fide, a afirmação que somos salvos apenas pela fé, e sola scriptura, que diz que os cristãos devem usar apenas a Bíblia em matéria de doutrina e costumes. A primeira começou a ficar problemática para mim quando eu comecei a notar certas passagens que contradiziam essa doutrina. Em (Romanos 2,7), por exemplo, o Apóstolo Paulo conta aos seus leitores que Deus dará a recompensa da vida eterna àqueles que “com perseverança em fazer bem, procuram a glória, honra e incorrupção". Em (Gálatas 6,6-10), Paulo diz que aqueles que "semeiam no Espírito" ao "fazer o bem a todos" irão pelo Espírito colher a vida eterna.
Era especialmente interessante que eu estava encontrando tais versos nas cartas aos romanos e aos gálatas, as mesmas epístolas que os protestantes dizem basear a doutrina de justificação somente pela fé. Esses versos não significam que alcancemos nossa salvação por boas obras apenas, uma doutrina que muitos protestantes erroneamente atribuem à Igreja Católica, mas esses versículos realmente significam que a fórmula "somente pela fé" não é uma descrição precisa daquilo que a Bíblia nos ensina sobre salvação. Estas e outras passagens revelam que, como um resultado da graça divina, nós somos capazes de fazer atos de amor que agradem a Deus, os quais Ele livremente escolhe recompensar. Uma dessas recompensas, na verdade a primeira delas, é a dádiva da vida eterna (Romanos 2,6-7). Ainda havia a questão de como explicar passagens como (Rom 3,28), onde Paulo diz que o homem é justificado pela fé separada das obras da lei, mas isso não me perturbava mais desde quando percebi nos meus primeiros dias de leitura bíblica que Paulo estava falando sobre a lei mosaica em Romanos e Gálatas, por isso ele gasta muito tempo batendo na tecla de que não é necessário ser circuncidado para ser salvo — a circuncisão sendo um dos rituais da lei mosaica. O que Paulo está dizendo é absolutamente verdadeiro: nós somos justificados pela fé sem as obras da lei mosaica. Isso seria mais óbvio para os leitores se na tradução fosse usada a palavra hebraica para lei, torá, que é ao mesmo tempo o nome dos cinco primeiros livros da Bíblia que contêm a lei de Moisés. Paulo disse, "concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras do torá" (Rom 3,28). Podemos provar isso ao olharmos o versículo imediatamente seguinte: "É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente" (Rom 3,29). Se Paulo não estivesse se referindo às "obras do torá", então a questão e sua resposta seriam sem sentido. Pela frase "obras da lei" Paulo se refere a algo que os judeus tinham mas que os gentios não tinham: a lei mosaica. Ele chega ao ponto no versículo seguinte: "Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão (dos judeus) e por meio da fé a incircuncisão (dos gentios)" (Rom 3,30). Assim, as "obras da lei" que Paulo menciona no versículo 28 são as que caracterizam os judeus, não os gentios, a principal obra sendo a circuncisão (cf. 3,29-30). Isso significa que as leis judaicas de circuncisão, ritual de purificação, questões sobre os alimentos, e o calendário das festas judaicas são, agora que estamos sob o Novo Testamento de Cristo, completamente irrelevantes para a nossa salvação. Manter a cerimónia da Lei de Moisés não é necessário para os cristãos. O que importa é manter a "Lei de Cristo" (Gál. 6,2) que é resumida por "fé agindo através do amor" (também traduzida como "fé feita efetiva através do amor” [Gál. 5,6].”

Jaime Francisco de Moura. Obra "Por que estes ex-Protestantes se tornaram Católicos: Testemunhos de ex-pastores e leigos que voltaram à Igreja Mãe. 1ª edição. Ed. Com Deus. São José dos Campos. 2003. 252p." (pág. 181)

Testemunho de conversão de Gary Hoge, ex-Ateu e Protestante Batista: “Comecei a questionar as doutrinas fundamentais do protestantismo seriamente: "Sola fide e sola Scriptura”. Os Católicos fizeram uma argumentação excelente de que nenhum destes é ensinado na Bíblia; são de fato refutados pela Bíblia. Os protestantes pareciam estar tirando a Bíblia de contexto e evitando versículos que pesavam contra suas interpretações. Foram os protestantes que quebraram a Igreja, alegavam que a Igreja Católica tinha sido corrompida.”

Jaime Francisco de Moura. Obra "Por que estes ex-Protestantes se tornaram Católicos: Testemunhos de ex-pastores e leigos que voltaram à Igreja Mãe. 1ª edição. Ed. Com Deus. São José dos Campos. 2003. 252p."

Testemunho de conversão de Dave Armstrong, ex-Protestante: “O Protestantismo desconsidera que as obras contribuam para a salvação, rejeitando assim a Tradição Cristã e o ensino explícito da Bíblia (Mt 25,31-46) (Lucas 18,18-25) (João 6,27-29) (Gal 5,6) (Efésios 2,8-10) (Filipenses 2,12-13; 3,10-14) (1 Tessalonicenses 1,3) (2 Tessalonicenses 1,11) (Heb 5,9) (Judas 1,21). Essas passagens também indicam que a salvação é um processo, não um evento instantâneo, como no Protestantismo. O protestantismo rejeita a Tradição Cristã e ensino bíblico que sempre foi ensinado na Igreja Católica, onde as boas ações feitas na fé contribuem para a salvação (Mt 16,27) (Rom 2,6) (1 Cor 3,8-9). Os protestantes têm convicção de que aceitando Jesus como Salvador já estão salvos. Não é bem isso que a Igreja Primitiva e a Bíblia ensinam (Filipenses 3,11-14) (Hebreus 4,1) (Tito 1,2) (1 Tessalonicenses 5,8) (Tito 3,7) (Mateus 25,1-13) onde se diz, que devemos ser sempre vigilantes. Vigilante não é o mesmo que certeza.” [pág. 30]

“Muitos protestantes (especialmente os presbiterianos, calvinistas e batistas) acreditam em segurança eterna, ou, perseverança dos santos (convicção daquele que não pode perder a "salvação". Isto está ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia: (1 Cor 9,27) (Gal 4,9; (Col 1,22-3) (1 Tim 1,19-20; 4,1; 5,15) (Heb 3,12-14; 6,4-6; 12,14-15).” [pág. 30]

“Ao contrário do mito protestante, a Igreja Católica não ensina que ninguém é salvo através de trabalhos a parte, porque a fé e obras são inseparáveis. Esta heresia da qual o Catolicismo é acusado freqüentemente estava na realidade condenada pela Igreja católica, em 529 D.C. é conhecido como Pelagianismo (visão que o homem pudesse se salvar pelos próprios esforços naturais dele, sem a graça sobrenatural necessária de Deus). Continuar acusando a Igreja católica desta heresia é um sinal de preconceito e ignorância do manifesto da história da teologia, como também o ensino católico é claro no Concílio de Trento (1545-63). Ainda o mito é estranhamente prevalecente.” [pág. 30/31]

Scott Hahn e Kimberly. Obra: "Todos os Caminhos Levam a Roma. Ed. Cleofas. 6ª edição. 2015." (pág. 50/51)

[Scott Hahn:] São Paulo (que eu considerava o primeiro Lutero) ensinou nas Epístolas aos Romanos e aos Gálatas, e em outros lugares, que a justificação era algo mais do que um decreto jurídico: estabelece-nos em Cristo como filhos de Deus exclusivamente pela graça. De fato, descobri que São Paulo não ensinou em lugar nenhum que nos salvamos "exclusivamente” pela fé. A "sola fide" não estava na Escritura! [...] Com efeito, toda a Reforma protestante nascia dessa diferença. [...] Na Epístola de São Tiago 2, 24, a Bíblia ensina que "o homem se justifica pelas obras, e não apenas pela fé". Além disso, São Paulo diz em I Coríntios 13, 2: "Ainda que tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver caridade, nada sou [a caridade é o amor ao próximo demonstrado em obras]". Para mim representou uma transformação traumática ter que reconhecer que, neste ponto, Lutero estava fundamentalmente enganado. Durante sete anos, Lutero tinha sido a minha principal fonte de inspiração e de proclamação poderosa da Palavra de Deus. E esta doutrina era considerada o suporte racional de toda a Reforma protestante.

Scott Hahn. Obra: "Razões para crer – Como entender, explicar e defender a Fé Católica. Ed. Cleófas. 1ª edição. 2015." (pág. 191)

“Lutero demonstrou sua tese a partir de textos paulinos, enfatizando que "o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" (Rm 3,28). Lutero foi tão enfático sobre a inutilidade das obras humanas que ele inseriu a palavra "somente" depois de "fé", quando traduziu o texto de PauIo, alegando que a salvação se dá "somente pela fé". No entanto, a expressão "somente pela fé" realmente aparece num único lugar nas Escrituras, que é na carta de São Tiago, onde explicitamente se nega o que mais tarde se tornaria a pedra angular da doutrina de Lutero: "Podeis ver, pois, que alguém é justificado com base naquilo que faz e não somente pela fé" (Tg 2,24). Lutero contornou o problema propondo retirar Tiago do Novo Testamento; já os teólogos posteriores argumentaram que Paulo e Tiago queriam dizer coisas diferentes quando usaram o verbo "justificar".”



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