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Intercessão dos santos (Comunhão dos santos)

 Pedir a intercessão dos Santos não é invocar os mortos

Scott Hahn. Obra: "Razões para crer – Como entender, explicar e defender a Fé Católica. Ed. Cleófas. 1ª edição. 2015." (pág. 105/106)

“De fato, Cristo é o único mediador, mas os santos partilham de Sua mediação porque compartilham Sua vida. [...] Então, quando veneramos os santos, estamos imitando Cristo que os honrou primeiro. Nós os veneramos como Ele o fez. Nós os bendizemos como Ele os bendisse: "Felizes os mortos, aqueles que desde agora morrem no Senhor" (Ap 14,13). Ainda assim, alguns podem se questionar se é permitido aos cristãos falar com os mortos, que é uma prática proibida no Antigo Testamento (ver LV 20,27, Dt 18,11). Nossa resposta é evidente a partir de Hebreus, do Apocalipse e de todo o Novo Testamento:Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro", disse São Paulo (FI 1,21). Os santos no céu entraram totalmente na vida com Deus e estão mais vivos do que nós, mais vivos do que qualquer um na face da terra que pode falar. Pois Deus "não é um Deus de mortos, mas de vivos" (MC 12,27).”

Roberto Andrade Tannus. Obra "Conhecendo Melhor a Fé Católica.  Ed. Gólgota. 8ª edição. Goiânia, 2018. 190p."

[pág. 137:]

Quando Jesus conversou com Moisés na Transfiguração — Mateus 17, Iss e Lc 9,28-36, (lembrando que Moisés morreu e a história da sua morte está descrita em Deuteronômio cap. 34), Ele não praticou necromancia, mas estava se dirigindo a alguém que já refulgia de glória por causa da glória de Cristo. Pedimos a intercessão dos santos, isto é, dos justos, pois: A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5,16).
Muitas pessoas dizem que, ao pedirmos a intercessão dos santos, estamos pecando evocando os mortos, proibição severa de Deus (Lv 19,31; 20,6; Dt 18,9-14). De modo algum estamos pecando, pois, ao pedir a intercessão dos santos não evocamos os mortos (que é pedir ao espírito de um morto que venha à terra para algum auxílio — Lc 16,19-31), mas pedimos a eles (invocamos = pedimos sua intercessão junto ao Cristo Senhor), amigos íntimos de Jesus, os justos, que nos consigam as graças que nós, por nossos merecimentos, não conseguimos alcançar. Assim como precisamos de advogados que saibam fazer uma petição ao juiz, também precisamos daqueles que sabem pedir por nós, ou seja, os santos e as santas de Deus.
Nossas orações de intercessão vão a Jesus, Onipresente, e, pela comunhão dos santos, nossa prece sobe ao Cordeiro como incenso de suave odor (Ap 8,3-4) e, Jesus, leva nossas orações ao Pai (Ap 7,13-15). [pág. 140/141:]

Ninguém de nós morre ou vive por si mesmo (Rm 14,7). Jesus é a Cabeça, nós e os santos são os Seus membros, pelo qual o corpo age, salva e santifica. No céu há uma perfeita harmonia entre Cristo (Cabeça) e os santos (Seus membros). De modo que os santos, que servem a Deus no céu dia e noite (Ap 7,12-15), continuam clamando por nós, principalmente quando nós pedimos por eles, seus membros, que levem a nossa oração até Jesus. [...] Tem muitas pessoas que dizem assim: eu não faço meu pedido, minha oração através de um santo, mas oro diretamente a Jesus. Glória a Deus por isso! Porém, respeitemos aqueles que não sabem pedir diretamente a Deus e precisam de um intercessor (ou preferem assim), de um advogado, que são os santos e as santas de Deus. Assim como o juiz recebe uma petição bem feita por um advogado, pois este sabe fazer a petição tendo por base o Direito, podemos recorrer aos santos para que peçam por nós, conforme a vontade de Deus, o Juiz Universal (Hb 12,23).



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.