Brian Greene (Estados Unidos, 1963-X). Obra: "O tecido do cosmo: o espaço, o tempo e a textura da realidade. Editora Schwarcz Ltda: Companhia das Letras, 2005." “
...a maior parte da massa/energia total do universo é constituída por uma forma totalmente diferente e misteriosa de energia escura, distribuída por todo o espaço. Se essas ideias estiverem corretas, elas darão um prosseguimento sensacional à revolução de Copérnico. Não só não somos o centro do universo, mas
a própria matéria de que somos feitos é apenas uma migalha no oceano cósmico. Se os prótons, nêutrons e elétrons tivessem ficado de fora do projeto inicial, a massa/energia total do universo pouco teria diminuído.” [pág. 349]“Uma pergunta correlata e algo menos ambiciosa, e que também tem sido formulada das mais variadas maneiras através dos tempos, é:
de onde provém toda a massa/energia que forma o universo? Neste caso, embora a cosmologia inflacionária não propicie uma resposta completa, pelo menos ela coloca a pergunta sob um novo ângulo.”
[pág. 360]“...vimos os fortes indícios teóricos e observacionais que apontam para que
apenas 5% da massa do universo derivam dos componentes encontrados na matéria comum — prótons e nêutrons (os elétrons representam menos de 0,5% da massa da matéria comum) —, enquanto 25% derivam da matéria escura e 70% da energia escura.” [pág. 498/499]“O fato de que até agora ninguém foi capaz de detectar uma partícula de matéria escura é uma forte limitação que afeta todas as proposições. A razão reside em que a matéria escura não está situada apenas no espaço exterior. Ela se distribui por todo o universo e, assim, flutua também entre nós, aqui na Terra. De acordo com muitas das proposições, agora mesmo bilhões de partículas de matéria escura estão atravessando os nossos corpos a cada segundo e, nesse contexto, só seriam candidatos viáveis as partículas que podem passar através da matéria maciça sem deixar traços significativos.”
[pág. 499]