Carl Zimmer (Estados Unidos, 1966-X). Obra: "O Livro de ouro da evolução: o triunfo de uma ideia. Rio de Janeiro, 2003. Editora Ediouro. 598p." (pág. 14/15) “
O mecanismo de Darwin só pode produzir adaptações locais a ambientes que mudam de um modo sem direção ao longo do tempo, não associando assim qualquer objetivo ou vetor progressivo à história da vida. (No sistema de Darwin, um parasita interno, tão degenerado anatomicamente que tornou-se pouco mais do que uma bolsa de tecido ingestivo e reprodutivo, pode ser tão bem adaptado, e desfrutar de tanta perspectiva de um futuro bem-sucedido, quanto o mais complexo mamífero carnívoro, astuto, rápido e hábil, vivendo livre nas savanas.). Além disso,
embora os organismos possam ser bem desenhados e os ecossistemas harmoniosos, essas características amplas da vida surgem como consequência de lutas inconscientes de organismos individuais em busca de sucesso na reprodução e não como resultados diretos de qualquer princípio natural operando furtivamente para produzir um bem maior.
[...] ...
ao tomar o "banho frio" darwiniano e encarar a realidade, poderemos finalmente abandonar aquela falsa esperança secular — de que a natureza pode fornecer um significado para nossas vidas ao comprovar nossa superioridade inerente, ou ao provar que a evolução existe para nos produzir como o ápice do propósito da vida.”