Carl Zimmer (Estados Unidos, 1966-X). Obra: "O Livro de ouro da evolução: o triunfo de uma ideia. Rio de Janeiro, 2003. Editora Ediouro. 598p." (pág. 472) “A nova evidência do DNA de neandertal apoia a hipótese de que eles se tornaram extintos. E, no entanto, o registro fóssil mostra que
os homens de neandertal não eram uma espécie delicada, esperando para ser empurrada no esquecimento. Eles eram humanos duros e cheios de recursos, resistentes o suficiente para sobreviverem às idades do gelo na Europa. Faziam lanças tão bem balanceadas quanto um dardo olímpico, que eles usavam para matar cavalos e outros animais. Eram tão bons caçadores que sua dieta consistia quase inteiramente de carne. Os neandertais cuidavam de seus doentes, como é demonstrado por um esqueleto da caverna de Shanidar, no Iraque: ele pertence a um homem cuja cabeça e corpo foram esmagados, e no entanto ele ainda viveu vários anos.
De modo semelhante, o Homo erectus não era nenhuma orquídea delicada. Seus domínios estendiam-se das extremidades desoladas do norte da China até as florestas luxuriantes da Indonésia, e eles ficaram lá por um milhão de anos. No entanto, o Homo sapiens ainda está aqui, enquanto o H.neanderthalensis e o H.erectus se foram. Qual foi a diferença que permitiu nossa sobrevivência?”