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Evolução do homem (Teoria da Evolução de Charles Darwin)
       Limites da "inteligência" animal

 Animais, mesmo treinados, não podem ultrapassar os limites instintivos

James Fadiman e Robert Frager. Obra "Teorias da personalidade. São Paulo, 2002. Ed. Harbra. 393p." (pág. 212)

"Descobrimos razões substanciais para duvidar que a lei do efeito, ou o princípio do reforço, possa seguramente ser generalizada além de uma classe específica de situações experimentais. No caso de um aprendiz humano normal, não é imprescindível que uma fortaleça, ou uma punição enfraqueça, a resposta que a produz" (Estes, 1972, pp. 728-729). Bolles (1972) conclui que a aprendizagem pode ser explicada sem nenhuma referência ao reforço, que existem explicações mais simples que são suficientes. Breland e Breland (1961) descobriram, em seus estudos, que animais podiam ser treinados com métodos de condicionamento operante, mas se o comportamento estivesse muito além dos limites normais da espécie, os reforços eram ignorados e a aprendizagem não ocorria. Num caso, um raccon foi ensinado a levar uma moeda de madeira até um pequeno cofre, em forma de porquinho, e lá depositá-la (Raccon é um procionídeo da América do Norte afim do quati e do mão pelada). Quando o raccon teve que levar duas moedas ao cofre, respondeu com um comportamento mais habitual de um raccon — esfregava as moedas, uma contra a outra, puxando-as para dentro e para fora do cofre. Finalmente, o treinamento teve que ser interrompido. Falhou, pois os animais não respondiam aos reforços, respondiam ao que Bolles chama uma "lei maior". Os animais "agiam como age um animal de sua espécie quando espera alimento" (Bolles, 1972, p. 397). Depois de rever vários outros estudos, Bolles conclui que o comportamento animal tende a voltar em direção aos padrões instintivos normais. Animais podem ser treinados apenas a realizar aqueles comportamentos que apresentam menos frequentemente sem treinamento. Bolles sente que ampliar este limitado conjunto de resultados a todos os animais e a todo comportamento é menos do que prudente.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.