Revelacaocatolica.com
SÓCRATES (469-399 a.C.). Obra: "Coleção Os Pensadores: Sócrates. Ed. Nova Cultural. São Paulo, 1999. 287p." (pág. 107)

Assim também, rendendo homenagem aos deuses, verás até que ponto estão dispostos a esclarecer os homens a respeito do que nos ocultaram, conhecerás a natureza e a grandeza dessa divindade que tudo pode ver e ouvir contemporaneamente, encontrar-se em toda parte e de tudo ocupar-se ao tempo. Tenho para mim que, assim falando: Sócrates ensinava seus discípulos a se abster de toda ação cruel, injusta e reprovável, não apenas em presença dos homens como também na solidão, visto persuadi-los de que nada do que fizessem escaparia aos deuses.”

Blaise Pascal (França, 1623-1662). Obra: "Coleção Os Pensadores: Pascal. Ed. Nova Cultural. São Paulo, 1999. 285p." (pág. 186)

Deus quis ocultar-se “Deus quis ocultar-se — Caso existisse apenas uma religião, Deus estaria nela bem, manifesto. Caso somente houvesse mártires na nossa religião, também. Como Deus se acha oculto, toda religião que não afirma estar Deus oculto não é verdadeira, e toda religião que a isso não faz referência não é instrutiva. A nossa faz tudo isso: Vere tu es Deus absconditus [Tu és um Deus escondido – Isaías, 14, 15)].Se não houvesse obscuridade, o homem não sentiria a própria corrupção. Se não houvesse luz, o homem não esperaria remédio. Portanto, não é apenas justo, mas também útil a nós que Deus esteja em parte escondido e em parte descoberto, pois é igualmente perigoso para o homem conhecer Deus sem conhecer a própria miséria e conhecer essa miséria sem conhecer Deus.Essa religião tão grande em milagres, em santos, puros e impecáveis; em sábios e grandes testemunhas; mártires; reis estabelecidos (Davi); Isaías, príncipe de sangue; tão grande em ciência; essa religião, depois de haver mostrado seus milagres e sua sabedoria, reprova tudo e diz que não tem nem sabedoria nem sinais e sim a cruz e a loucura.”

Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre da Sensibilidade. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2000. 214p." (pág. 202)

“Apesar de onipresente, ou seja, de estar em todo tempo e em todo lugar, Ele não se mostra claramente, por isso usou homens para escrever algo sobre si. Isaías foi um dos maiores profetas das Antigas Escrituras. Em um dos seus textos, ele fez uma constatação brilhante sobre uma característica de Deus que só os mais sensíveis conseguem perceber. Disse: "verdadeiramente Tu és um Deus que se encobre". Isaías olhava para o universo, via um mundo admirável, mas ficava perturbado, pois seu autor não gostava de se ostentar, ao contrário, apreciava se ocultar aos olhos visíveis. Certo dia, Elias, outro profeta de Israel, atravessava um grande problema. Estava sendo perseguido e corria grave risco de vida. Conflitante, se escondeu da presença dos seus inimigos e perguntava onde estaria o Deus a que ele servia. Este fez surgir um vento impetuoso, mas Ele não estava no vento. Fez surgir um forte fogo, mas também não estava na violência das suas labaredas. Então, para o espanto de Elias, Ele fez surgir uma brisa suave, quase que imperceptível, e lá Ele estava. Amamos os grandes eventos, mas Deus ama as coisas singelas.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.