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Deus
       Provas e evidências sobre a existência de Deus

 O método científico é limitado para provar se Deus existe ou não

René Descartes (1596-1650). Obra: "Coleção Os Pensadores: Descartes. Ed. Nova Cultural. São Paulo, 1999. 335p."

“...é muito difícil entender como a ideia de um ser sumamente perfeito, a qual se encontra em nós, comporte tanta realidade objetiva, ou seja, participe por representação em tantos graus de ser e de perfeição que ela deve obrigatoriamente originar-se de uma causa sumamente perfeita. [...] ...é impossível que a ideia de Deus que em nós existe não tenha o próprio Deus como sua causa.” [pág. 243/244]

“E não se deve considerar estranho que Deus, ao me criar, tenha colocado em mim esta ideia para ser como a marca do operário impressa em sua Obra, e não é também preciso que essa marca seja algo diferente da própria obra. Mas pelo simples fato de Deus haver-me criado, é muito acreditável que Ele, de alguma forma, me haja produzido à Sua imagem e semelhança e que eu conceba essa semelhança (na qual a ideia de Deus está contida) mediante a mesma faculdade pela qual concebo a mim mesmo; isto significa que, quando reflito a meu respeito, não apenas descubro que sou uma coisa imperfeita, incompleta e dependente de outrem, que tende e aspira ininterruptamente a algo melhor e maior do que sou, mas ao mesmo tempo também descubro que aquele de quem dependo possui em si todas essas grandes coisas a que aspiro e cujas ideias encontro em mim, não vaga e potencialmente, mas que Ele as desfruta de fato, atual e infinitamente, e, portanto, que Ele é Deus. E toda a força do argumento de que aqui me servi para demonstrar a existência de Deus consiste em que reconheço que seria impossível que minha natureza fosse tal como é, isto é, que eu tivesse em mim a ideia de um Deus, se Deus não existisse de fato; esse mesmo Deus do qual existe uma ideia em mim, ou seja, que possui todas essas altas perfeições de que nosso espírito pode imaginar, sem, contudo, compreendê-las a todas, que não é sujeito a necessidade alguma e que nada possui de todas as coisas que indicam alguma imperfeição.” [pág. 288/289]


Thomas Hobbes (1588-1679). Obra: "Coleção Os Pensadores: Hobbes. Ed. Nova Cultural. São Paulo, 1999. 495p." (pág. 275)

“Não obstante, não convém renunciar aos sentidos e à experiência, nem àquilo que é a palavra indubitável de Deus, nossa razão natural. Pois foram esses os talentos que ele pôs em nossas mãos para vivermos, até o retorno de nosso abençoado Salvador, portanto não são para serem envoltos no manto de uma fé implícita, mas para serem usados na busca da justiça, da paz e da verdadeira religião. Pois embora haja na palavra de Deus muitas coisas que estão acima da razão, quer dizer, que não podem ser demonstradas nem refutadas pela razão natural, não há nessa palavra nada contrário a ela. E quando assim parece ser a culpa é de nossa inábil interpretação, ou de nosso incorreto raciocínio.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.