Blaise Pascal (França, 1623-1662). Obra: "Coleção Os Pensadores: Pascal. Ed. Nova Cultural. São Paulo, 1999. 285p." (pág. 273/274) “Jesus Cristo fez milagres e os apóstolos em seguida, e os primeiros santos em grande número; porque, como as profecias ainda não haviam se realizado, realizando-se por eles, nada testemunhava senão milagres.
Estava predito que o Messias converteria as nações. Como se teria realizado essa profecia sem a conversão das nações? E como as nações se teriam convertido ao Messias se não vissem este último efeito das profecias que o provam? Antes, pois, de ter sido morto, ressuscitado, e de ter convertido as nações, nem tudo estava realizado; e, assim, foram necessários milagres durante todo esse tempo. Agora já não são necessários contra os judeus; porque as profecias realizadas são um milagre que continua a existir.
[...] Todavia os fariseus e os escribas referem-se aos milagres de Jesus Cristo na tentativa de mostrar que são falsos ou da parte do diabo: dado que estariam necessariamente convencidos se reconhecessem que são de Deus.”