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Blaise Pascal (França, 1623-1662). Obra: "Coleção Os Pensadores: Pascal. Ed. Nova Cultural. São Paulo, 1999. 285p." (pág. 180/181)

“As profecias, os milagres e as provas de nossa religião não são de tal natureza que nos permitam afirmar tratar-se de coisas totalmente convincentes. Mas são de tal natureza que não podemos dizer que não temos razão para acreditar nelas. Dessa maneira, existem evidência e obscuridade, para esclarecer uns e obscurecer outros. Mas a evidência é tal que ultrapassa ou iguala, no mínimo, a evidência do contrário: de sorte que não é a razão que pode determinar a não segui-la, desse modo, só podem ser a concupiscência e a malícia do coração. [...] Nada se compreenderá da obra de Deus se não adotarmos como princípio que ele pretendeu cegar alguns e iluminar outros.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.