Igor Swann. Obra "As grandes aparições de Maria: Relatos de vinte e duas aparições. Ed. Paulinas. 2ª edição. São Paulo, 2001. 375p." (pág. 110/111, 113) “No frio dia de inverno de 1 1 de fevereiro de 1858, três garotinhas mal vestidas saíram da cidade e atravessaram uma ponte para chegar ao promontório rochoso que, na ocasião, estava cercado pelas águas geladas do Gave de Pau.
[...] Na extremidade oeste do promontório, mas do outro lado da torrente menor, existia um penhasco chamado Massabielle. O rochedo tinha uma área oca, citada como caverna ou gruta, diante da qual havia um pouco de mato e uma roseira silvestre quase morta. A menina mais velha foi até lá catar alguns gravetos. Quando as outras duas garotas foram procurá-la, viram-na ajoelhada diante da gruta, com o rosto voltado para cima. Correram até ela, pensando que estivesse machucada. Encontraram-na paralisada, com os olhos dilatados, e não conseguiram mover-lhe os braços. Apavoradas, começaram a gritar. A garota paralisada era Bernadete Soubirous, que dali a duas semanas se transformaria de maneira defensável, na maior vidente de todos os tempos — e a caverna simples se tornaria a mais notável e majestosa gruta da história. Em 12 dias, o pobre lugarejo de Lourdes, com menos de trezentos habitantes, seria invadido por mais de vinte mil romeiros e, um mês depois, por cinquenta mil.
[...] Em suas próprias palavras o que Bernadete viu primeiro, no meio da gruta, foi uma "luz suave", que notara em duas outras ocasiões em que viera catar coisas. Desta vez uma "linda moça" apareceu dentro da luz suave. Quando a linda moça acenou para Bernadete, esta "ficou amedrontada e não respondeu". Entretanto, todas as fontes concordam que as duas companheiras a encontraram ajoelhada e em êxtase. Uma das garotas era irmã de Bernadete e a outra a fuxiqueira Joana Abadie. As duas meninas sacudiram-na até que Bernadete voltou a si e lhes contou o que vira.”