Igor Swann. Obra "As grandes aparições de Maria: Relatos de vinte e duas aparições. Ed. Paulinas. 2ª edição. São Paulo, 2001. 375p." (pág. 123/124) “A nona aparição ocorreu na quinta-feira, 25 de fevereiro, ou na sexta-feira, 26. Durante a aparição, Bernadete, que estava ajoelhada, levantou-se inesperadamente, sem sair do êxtase. Primeiro, virou-se e ficou de frente para o Gave. As três mil pessoas que a essa altura formavam a multidão ficaram em silêncio. Viram-na olhar um momento para trás, para a aparição que ninguém mais via, como se pedisse instruções. Depois ela sacudiu a cabeça, numa espécie de assentimento. Começou a mover-se de novo, desta vez em direção à gruta onde quase entrou. Ajoelhou-se em um lugar seco — e pôs-se a cavar febrilmente com as mãos. Quase no mesmo instante, uma água barrenta começou a jorrar na depressão rasa que ela cavara. Bernadete bebeu um pouco dessa água, lavou o rosto com ela e arrancou e comeu um pouco de capim das bordas do buraco lamacento. Levantou-se e saiu da gruta com o rosto coberto de lama e ainda mastigando o capim. Alguns dos observadores próximos começaram a rir às escondidas e outros disseram que, finalmente, ela enlouquecera. Seguiu-se um pandemônio, com gritos de "prendam-na!" Bernadete teve de ser escoltada até uma casa na rue des Petites-Fosses, na cidade. Só ao chegar a salvo nessa casa, ela contou que Aquero a mandara cavar no lugar seco e dissera: "Beba a água e se lave na fonte e coma a grama que estiver ali".”