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Aparições de Nossa Senhora
       Aparições principais (ano e local)
             1917 - Fátima, Portugal

 03 - Segunda aparição, de 13 de Junho de 1917, e revelação da morte prematura do Francisco e da Jacinta

Padre João De Marchi (1914-2003). Obra: "Era uma Senhora mais brilhante que o sol. Editora Consolata. 26ª edição. Versão em Português de Portugal. 2016. Fátima-Portugal. 447p." (págs. 91 a 94)

[Testemunho da Sra. Maria da Capelinha:] “Rezámos o terço e quando a rapariga [em Portugal, rapariga significa moça jovem] de Boleiros ia começar a Ladainha, a Lúcia interrompeu-a dizendo que já não havia tempo. Imediatamente pôs-se de pé e gritou: – Jacinta, lá vem Nossa Senhora, que já deu o relâmpago! Todos três correram para a azinheira e nós atrás deles: ajoelhámos sobre as moitas e os tojos. A Lúcia levantou as mãos como em oração e eu ouvia-lhe dizer: Vossemecê mandou-me aqui vir, faz favor de dizer o que quer. Então começámos a ouvir uma coisa assim, a modo duma voz muito fina, mas não se compreendia o que dizia; era como um zumbido de abelha!. O que as cinquenta pessoas reunidas em volta da azinheira não tinham compreendido, é-nos revelado pela Irmã Lúcia das Dores:
[Nossa Senhora diz:] – Quero que venhais aqui – respondera a Mãe do Céu – no dia 13 do mês que vem, e que rezeis o terço intercalando entre os Mistérios a jaculatória: meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai todas as almas para o Céu, especialmente as que mais precisarem. Quero que aprendais a ler – continuou a Virgem – e depois direi mais o que quero.
A Lúcia anima-se e pede a cura dum doente que lhe tinha sido recomendado. A Senhora responde-lhe que, se se converter, curar-se-á durante o ano. Mais corajosa ainda, a vidente suplica: – Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu.
[Nossa Senhora diz:] – Sim – responde a Virgem Santíssima – à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração.
Ficar no mundo sem a companhia dos seus amiguinhos, sem os quais lhe parecia impossível viver, que pena!... – Fico cá sozinha? – perguntou, um pouco assustada.
[Nossa Senhora diz:] – Não, filha. E tu sofres muito com isso? Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
“Foi no momento que disse estas últimas palavras – continua a Irmã Lúcia – que a Virgem abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo da luz imensa que A envolvia. Nela nos vimos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora estava um Coração cercado de espinhos que nele se cravavam. Compreendemos que era o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação”. Como na primeira Aparição e nas subsequentes, a Virgem falava só com a Lúcia. Jacinta ouvia as palavras de ambas, ao passo que o Francisco nada ouvia, tendo conhecimento de tudo pela Lúcia. Qual o motivo? Não sabemos. Nosso Senhor distribui as suas graças como quer e na medida que quer. “Quando Nossa Senhora se retirou da árvore foi assim como o sopro dum foguete, lá muito ao longe quando sobe... – prossegue na sua narração a senhora Maria. A Lúcia levantou-se muito depressa e com o braço estendido dizia: Olha, vai ali, vai ali... Por nós, nada vimos; só uma nuvenzita, um palmo retirada da rama, que ia subindo devagarmho, caminhando para diante, para o Nascente, até que de todo se sumiu. Algumas pessoas diziam: – Ainda a vejo; lá está... até que, por fim, já ninguém afirmava de a ver. Os pequenos estavam calados, sempre com a vista naquele ponto até que, um pedacinho depois, a Lúcia disse: Pronto! Agora já não se vê, já entrou para o Céu: já se fecharam as portas. Voltámos então para a azinheira milagrosa e qual não foi a nossa admiração vendo que os rebentos de cima, que antes estavam todos de pé, estavam agora tombadinhos para o Nascente, como se tivessem sido pisados! Começámos então a tirar raminhos e folhinhas da copa da azinheira, mas a Lúcia recomendava que tirássemos de baixo, do que Nossa Senhora não tinha tocado. Reparei então num pé de rosmaninho muito viçoso que ali estava e que tinha uma flor tão linda que também levámos para recordação.”

Irmã Lúcia (Portugal, 1907-2005). Obra "Memórias da Irmã Lucia I. Editora Secretariado dos Pastorinhos. 14ª edição (versão em português de Portugal). 2010. Fátima-Portugal. 237p." (pág. 175/176)

[Testemunho da Irmã Lúcia, a vidente:] Depois de rezar o terço com a Jacinta e o Francisco e mais pessoas que estavam presentes, vimos de novo o reflexo da luz que se aproximava (a que chamávamos relâmpago) e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira, em tudo igual a Maio. — Vossemecê que me quer? — perguntei. — Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendam a ler. Depois direi o que quero. Pedi a cura dum doente. — Se se converter, curar-se-á durante o ano. — Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu. — Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. — Fico cá sozinha? — perguntei, com pena. — Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus. Foi no momento em que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco parecia estarem na parte dessa luz que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora, estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação.

Igor Swann. Obra "As grandes aparições de Maria: Relatos de vinte e duas aparições.  Ed. Paulinas. 2ª edição. São Paulo, 2001. 375p." (pág. 194)

“Ao todo, houve seis aparições, sempre no dia 13, de maio a outubro. A terceira aparição foi complicada, mas da boca das três crianças analfabetas saíram noticias e profecias, algumas desejadas, mas outras incompreensíveis na época. A aparição começou de maneira bastante simples. Lúcia perguntou à Senhora se ela logo levaria os três para o Céu. "Sim, logo virei para levar Jacinta e Francisco. Mas você precisa ficar mais tempo aqui embaixo. Jesus deseja usá-la para me fazer conhecida e amada. Desejo difundir por todo o mundo a devoção a meu Imaculado Coração". Ouviram-se muitos gritos quando essa sombria predição espalhou-se entre os que ali estavam reunidos. Mais tarde, Jacinta e Francisco estoicamente declararam-se sem medo de serem levados ao Céu. Lúcia pediu, depois de pressionada a fazê-Io: "Desejo pedir-lhe para nos dizer quem é e para fazer um milagre a fim de que todos acreditem que apareceu para nós". A Senhora respondeu. "Continuem a vir aqui todos os meses. Em outubro lhes direi quem sou e o que quero, e farei um grande milagre no qual todos hão de acreditar".”



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