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Aparições de Nossa Senhora
       Aparições principais (ano e local)
             1917 - Fátima, Portugal

 Corpo incorrupto da Jacinta

Padre João De Marchi (1914-2003). Obra: "Era uma Senhora mais brilhante que o sol. Editora Consolata. 26ª edição. Versão em Português de Portugal. 2016. Fátima-Portugal. 447p."

“Entretanto o corpinho continuava no caixão aberto, o que provocou grande inquietação no senhor doutor Pereira dos Reis, que receava a intervenção das Autoridades Sanitárias e continuava a ser incomodado com a romaria de visitantes, o que o levou a fechar o caixão no Cartório para evitar essas visitas. [...] Ficou, porém, admirado do respeito e grande devoção com que acarinhavam e beijavam o corpinho, na face e nas mãos, recordando-se ainda nitidamente, da cor rosada das faces do cadáver, que lhe dava a impressão de estar ainda com vida, e não esquecendo o belo aroma que o corpo exalava [Mais tarde o senhor A. Rebelo de Almeida escrevia: — Parece-me estar a ver o anjinho. Deitadinha no caixão, parecia viva, com os lábios e as faces cor de rosa, belíssima. Tenho visto muitos mortos, pequenos e grandes, mas uma coisa assim nunca aconteceu. O cheiro agradável, que o corpo exalava, não se pode explicar naturalmente. O maior incrédulo não poderia duvidar. Ora a pequena estava morta havia três dias e meio e o seu cheiro era como o de um ramalhete composto das mais variadas flores.]. Finalmente na terça-feira, 24 de Fevereiro, 11 horas da manhã foi colocado o corpo dentro dum caixão de chumbo e este encerrado, tendo assistido a este acto, além do soldador e do senhor Almeida, as autoridades e algumas senhoras, entre as quais a senhora Maria de Jesus de Oriol Pena, que afirmou a várias pessoas, que o aroma exalado pelo corpo, no acto de encerramento, era agradável como o de flores, facto muito estranho, atendendo à natureza purulenta da doença e ao largo período de tempo que esteve insepulto.” [pág. 349/350]

“Eu voltarei a Fátima, mas somente depois da minha morte” — tinha dito a Jacinta à madrinha num dos últimos dias do seu exílio. A predição da criança realizava-se mais tarde, no dia 12 de Setembro de 1955, quando o senhor Bispo de Leiria decidiu trasladar os restos mortais da pequena vidente para o cemitério da Fátima e colocá-los num jazigo novo, propositadamente feito para ela e para o seu irmão Francisco. Antes da partida, todavia, o caixão de chumbo foi aberto e com grande espanto de todos os que assistiam, o rosto da criança apresentou-se perfeitamente incorrupto. A Virgem Santíssima não tinha permitido que as carnes inocentes da Jacintinha, sublimadas por uma vida de amor e de martírio, fossem pasto de vermes. Do seu rostozinho, foi tirada uma fotografia e cópia dela enviada à Irma Maria Lúcia das Dores que respondia ao senhor Bispo de Leiria: “Agradeço reconhecidíssima as fotografias. Quanto as estimo, não posso dizer. Em especial à da Jacinta, eu queria mesmo à fotografia, tirar aqueles panos que a cobrem para vê-la toda; estava como numa impaciência de descobrir o resto do cadáver, sem me dar conta de que era um retrato; estava meia abstrata, tal era a minha alegria de voltar a ver a mais íntima amiga de criança. Tenho esperança de que o Senhor, para glória da Santíssima Virgem, lhe concederá a auréola da santidade. Ela era criança, só de anos; no demais sabia já praticar a virtude e mostrar a Deus e à Santíssima Virgem o seu amor, pela prática do sacrifício”. Foi com imensa pena que o Barão de Alvaiázere se viu na necessidade de se deixar espoliar da valiosa relíquia que tantas e tão evidentes graças alcançara do Céu para si e para a sua família, como ele mesmo exprime. Às 3 horas e meia da tarde o automóvel, que levava os restos mortais da pequena vidente, coberto com ricas colchas de seda, entrava no recinto do Santuário e seguia até à Capela das Confissões, onde o senhor Arcebispo de Évora ia rezar Missa de corpo presente. Acabada a Missa, procedeu-se à condução do cadáver dos dois irmãozitos para o cemitério da Fátima. O caixão da Jacinta e a urna que continha as ossadas do Francisco foram colocados e fechados nos gavetões do jazigo. Uma breve inscrição na pedra diz: AQUI REPOUSAM OS RESTOS MORTAIS DE FRANCISCO E JACINTA A QUEM NOSSA SENHORA APARECEU” [pág. 352/353]


Antônio Augusto Borelli Machado (São Paulo). Obra: "As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia. Editora Artpress Indústria Gráfica e Editora Ltda. 42ª edição. 1995. São Paulo. 94p." (pág. 27)

“O primeiro, escrito num caderno pautado comum, é um repositório de memórias pessoais para a biografia de Jacinta. No dia 12 de setembro de 1935, ao ser feita a exumação dos restos mortais da pequena vidente de Fátima falecida em 1920, verificou-se que seu rosto se mantinha incorrupto. O Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, enviou à Irmã Lúcia uma fotografia que nessa ocasião se tirou, e ela, ao agradecer, referiu-se às virtudes da prima. O Prelado ordenou, então, à Irma, que escrevesse tudo o que sabia da vida de Jacinta, daí resultando o primeiro manuscrito, que ficou pronto por volta do Natal de 1935.”

Igor Swann. Obra "As grandes aparições de Maria: Relatos de vinte e duas aparições.  Ed. Paulinas. 2ª edição. São Paulo, 2001. 375p." (pág. 210)

“Os corpos de Francisco e Jacinta foram exumados em 1935. Cal virgem havia sido derramada sobre seus corpos devido ao perigo de contágio da gripe. Os restos mortais de Francisco não estavam intactos, mas o corpo de Jacinta estava perfeito e, em 1950, continuava intacto.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.