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Igor Swann. Obra "As grandes aparições de Maria: Relatos de vinte e duas aparições.  Ed. Paulinas. 2ª edição. São Paulo, 2001. 375p."

“Eram umas seis e meia e já estava escuro, quando as quatro crianças tocaram a campainha do convento para buscar Gilberte Voisin. Enquanto os quatro esperavam que as freiras trouxessem Gilberte, Albert Voisin olhou, por acaso, na direção da "gruta", onde viu "algo vagamente luminoso" e parece ter ficado assustado. As outras três crianças também viram a "radiância" e também se assustaram. Quando Gilberte Voisin saiu do convento, também ela viu a luminosidade e se assustou. Logo a seguir, "desviaram o olhar" do "fulgor" inexplicável e voltaram para casa "inquietos". Não se sabe se, a esta altura, contaram sobre a experiência a alguém.” [pág. 215]

”Mas na quarta-feira, e de novo na quinta, quando vieram buscar Gilberte na mesma hora, todos tiveram a mesma experiência. Quinta-feira foi 1 de dezembro e, nessa data, a alegre notícia da luminosidade no pequeno santuário de Nossa Senhora de Lourdes foi, evidentemente, transmitida à senhora Degeimbre, que estava em casa com alguns parentes e vizinhos. A senhora Degeimbre e os outros dirigiram-se ao convento para ver o que tudo isso significava e deixaram para trás as duas meninas mais novas. A Senhora mais uma vez mostrou-se às três crianças, Fernande e Albert Voisin e Andrée Degeimbre, que caíram de joelhos e rezaram uma ave-maria. A senhora Degeimbre e os outros adultos não viram nada. Por isso, a senhora Degeimbre abriu caminho até a gruta — e então sua filha Andrée exclamou: "Mamãe! Não dê mais nem um passo! Você está bem em cima dela!" Parece que nesse momento a aparição sumiu. Gilberte Voisin foi à escola na sexta-feira, mas desta vez o próprio pai foi buscá-la. Mais tarde, as cinco crianças e um grupo de adultos voltaram ao santuário, onde as cinco "foram simultaneamente dominadas pela mesma impressão". As cinco, agora em uma espécie de "transe" ou "êxtase", caíram de joelhos, repetindo a ave-maria em voz alta — o que serviu para "causar consternação" entre os adultos. [...] Em 2 de dezembro, a figura ficou imóvel e foi possível reconhecê-la como uma "linda Senhora". Nesse dia, depois que as crianças rezaram a ave-maria, Albert Voisin perguntou de repente: "A senhora é, realmente, a Virgem Imaculada?" A Senhora assentiu com a cabeça. Albert então perguntou: "O que deseja que façamos?". A diminuta Senhora respondeu: "Quero que sejam muito bons".” [pág. 216/217]

”A essa altura, as famílias Voisin e Degeimbre, seus vizinhos e os habitantes de Beauraing eram assediados com pedidos de entrevistas. Nas entrevistas à imprensa, Fernande e Albert Voisin disseram que a Senhora (às vezes mencionada como "A Virgem") "não parecia, de modo algum, uma mulher adulta", mas só tinha cerca de um metro de altura. Sua face era jovem e as vestes luminosas e brancas, com tons azulados. Ela não usava "nenhuma faixa azul" (sempre vista em imagens contemporâneas que representavam a Virgem), mas tinha olhos azuis. O cabelo estava oculto por um véu branco. Os pés não eram visíveis.” [pág. 219]

”Em 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, estava presente uma grande multidão, calculada em dez mil pessoas. As fontes não descrevem como as autoridades locais lidaram com essa avalanche humana, seus automóveis e outras formas de veículos necessários para transportar tanta gente até Beauraing. Quando a aparição mostrou-se às crianças no dia da festa da Imaculada Conceição, todas elas caíram de joelhos e entraram em êxtase. Diversos "colegas médicos" presentes, a pedido de certo doutor Maistriaux, "examinaram-nas fisicamente". Fósforos acesos foram aplicados às mãos de dois dos jovens videntes, todos foram "beliscados com força" e um "colega médico" pegou um canivete afiado e aplicou-o com força em suas faces. Esses "testes" não produziram reação de qualquer espécie e quando as "partes afetadas" foram examinadas depois da aparição, não se encontrou "nem um leve sinal de ferimento". Posteriormente, "especialistas mais científicos" determinaram que os testes não haviam sido aplicados com bastante eficiência e nenhuma conclusão podia ser tirada deles.” [pág. 220]

”Os principais aspectos novos eram as aglomerações imensas e a intervenção de médicos. Imediatamente após esta aparição, as crianças foram separadas dos pais, levadas ao convento e interrogadas isoladamente por médicos, que, de forma "insidiosa", repetiram seus procedimentos de interrogatório minucioso e rigoroso em vários dias subseqüentes. Dois dos especialistas envolvidos eram um tal professor De Greeff de Louvain e um tal doutor Rouvroy, diretor de um hospital psiquiátrico, que fizeram alguns relatórios complicados, logo publicados na Bélgica e na França. Nos quatro dias que se seguiram à aparição da festa da Imaculada Conceição, as crianças, acompanhadas de multidões ainda maiores, foram rezar o terço na gruta, mas a aparição não se fez presente. Nos outros dias de dezembro, a Senhora apareceu só raras vezes. Em 17 de dezembro, as crianças foram ouvidas enquanto conversavam com a Senhora. Aparentemente em uníssono, elas disseram: "A pedido do clero, nós lhe perguntamos: o que deseja de nós?" Depois falaram: "Sim, faremos com que seja construída aqui" Em 23 de dezembro, em resposta a outra pergunta sobre o novo santuário, a Senhora respondeu: "Para que as pessoas se reunam aqui em romaria". “ [pág. 221]

”Na véspera do Natal, o que aconteceu em Beauraing foi assistido por pelo menos seis mil pessoas. Nessa ocasião, as crianças fizeram veemente apelo para que Nossa Senhora desse uma prova tangível, pela cura dos pobres sofredores que estavam presentes. Essa aparição foi breve e a Senhora pareceu ignorar os pedidos de cura. Depois disso, às vezes algumas das crianças não viam a aparição e Albert "sofreu essa privação" pelo menos em três ocasiões. Em algum momento depois disso, a Virgem "deu a entender que as visões estavam chegando ao fim". Segunda-feira, 2 de janeiro de 1933, a Senhora disse: "Amanhã, vou comunicar uma coisa a cada um de vocês em particular". A aparição de 3 de janeiro de 1933 é conhecida como o "encontro de despedida", durante o qual as mensagens particulares podem ter sido transmitidas. Fernande Voison não viu a primeira parte da aparição e só ouviu a palavra "Adeus", enquanto Gilberte Degeimbre ouviu "Adeus" e depois "Vou converter os pecadores". Albert Voison declarou que Nossa Senhora lhe falou algo que ele não devia repetir e, provavelmente, ele não o fez, exceto para dizer quando interrogado: "Bem, se querem saber [a mensagem] era um tanto desalentadora".” [pág. 222]

”A aparição de 5 de agosto de 1933 a Tilman Come, agora descrito como "alma bondosa mas muito exaltado", foi acompanhada por uma multidão calculada em duzentas mil pessoas que "se encheram de espanto com a demonstração".“ [pág. 226]




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