“Em 1925, um membro da família Khalil teve a "revelação" que a Mãe de Deus apareceria durante um ano na igreja a ser construída ali, no mesmo lugar. A família doou o terreno e construiu a nova igreja copta de Santa Maria. Mas nada mais aconteceu até 45 anos depois, quando, com certeza, poucos se lembravam do motivo da construção da igreja. Em 2 de abril de 1968, dois mecânicos trabalhavam em uma oficina de automóveis na esquina da rua Tomanbey com a alameda Khalil, do outro lado da igreja. Um deles olhou por acaso para a igreja e ficou perplexo ao ver uma "freira" vestida de branco, de pé sobre o zimbório. Ele e o companheiro pensaram que a freira ia pular. Um foi correndo chamar o padre, o outro a polícia e uma radiopatrulha. Uma grande multidão reuniu-se para ver esses acontecimentos — e as pessoas começaram a comentar o esplendor translúcido da freira. A radiopatrulha chegou. A multidão aumentou e muitos gritavam para a freira não pular e sim descer com segurança. Mas então a freira começou a desaparecer e, por fim, sumiu diante dos olhos de todos.” [pág. 325]
”Porém, sete dias depois, a figura foi novamente vista em cima da igreja de Santa Maria. A figura luminosa continuou a aparecer a intervalos até 1970 — em geral deixando perplexas as cerca de 250 mil pessoas que se reuniam para vê-la. Muita gente trazia máquinas fotográficas. Imagens surpreendentes da aparição e de outros fenômenos foram captadas por muitas, mas em outras fotografias não aparecia nada de anormal. Logo ficou evidente que uns só viam luminosidades indistintas e alguns outros não viam nada. Mas a grande maioria via muito bem. A figura deu para andar ou flutuar ao redor do zimbório e, com freqüência, descia para a beirada do telhado. Quando ela desaparecia de um lado e aparecia do outro, as pessoas aglomeradas do lado em que ela podia ser vista davam altos brados de alegria.” [pág. 326]
”Padre Jerome Palmer, sacerdote americano que testemunhou a aparição muitas vezes, revelou que, em geral, ela era anunciada por luzes misteriosas, explosões tão brilhantes que lampejavam e cintilavam a ponto de serem comparáveis a relâmpagos difusos. Esses fenômenos precediam a aparição por aproximadamente um quarto de hora e às vezes apareciam acima da igreja, outras vezes em "nuvens" que se formavam para cobri-la como um pálio. As nuvens eram particularmente aterradoras, pois é raro verem-se nuvens no Cairo. Em uma ocasião, torrentes de incenso fluíram pela igreja e caíram sobre as aglomerações fora dela. A fragrância era extraordinária. Com freqüência, formas de pombas ou pássaros planavam no ar e no céu ao redor da aparição. Suas asas não se moviam. Apareciam e desapareciam no mesmo instante. A Senhora mesma não ficava imóvel. Além de caminhar ao redor do topo da igreja, muitas vezes inclinava-se e saudava as multidões embaixo. Curvava-se da cintura para cima e movia os braços em saudações e bênçãos. Milhares de pessoas ajoelhavam-se simultaneamente para recebê-las.” [pág. 327]
”O tempo da apariçâo variava de alguns minutos para, às vezes, mais de quatro horas. Na noite de 8 de junho de 1968, a Senhora ficou visível das 9h da noite às 4h30min da manhã. Essa foi uma das aparições não-falantes, mas de gloriosa magnitude. Foram tiradas muitas fotografias. Em uma das que vi, a Mãe Santíssima está flutuando perto de uma das cúpulas da igreja, suspensa no ar. As feições não estão visíveis, mas a cabeça está claramente cercada por um nimbo ou radiação luminosa. Os braços e as mãos estão bem visíveis. Ela está revestida de resplandecente luz branca, presumivelmente um vestido. Em outra fotografia, um pássaro branco esbraseado aparece acima do nimbo. Em outras fotografias, ela está com a cabeça inclinada para a frente e as mãos postas, como se rezasse. Ainda em outras fotografias, o zimbório, as cúpulas e o contorno da igreja estão inundados de auras, em especial as cruzes no topo do prédio. Não há outra cor perceptível além da luz, descrita por todos como azul-esbranquiçada ou branca-azulada.
As vezes, as auras desciam para incluir as centenas de testemunhas próximas das paredes da igreja, que eram consideradas afortunadamente abençoadas, por isso uma multidão sempre se espremia contra elas. [...] Em pouco tempo, a mídia do mundo todo, inclusive o New York Times e as principais revistas noticiosas, publicava artigos sobre a aparição e muitas fotografias dela. Chegava gente de todo o mundo, em número cada vez maior e muitas dessas pessoas viam. às vezes, a multidão chegava a 250 mil pessoas em uma única noite. [...] ...as fotografias das repetidas aparições da Mãe Santíssima em Zeitoun devem ser aceitas como registro de uma aparição concreta.” [pág. 328/329]