Joseph Ernest Renan (1823-1892). Obra: "Vida de Jesus. In: Coleção obra-prima de cada autor. Ed. Martins Claret. São Paulo, 2003. 528p." (pág. 54/55) “O que é indubitável, em todo caso, é que, em muito boa hora, transcreveram os discursos de Jesus em língua aramaica, e que também em boa hora escreveram suas notáveis ações. Não eram textos estagnados e fixados dogmaticamente.
Além dos evangelhos que nos apareceram, há outros igualmente pretendendo representar a tradição das testemunhas oculares. Deu-se pouca importância a esses escritos e os conservadores, como Pápias, preferiam ainda, na primeira metade do século II, a tradição oral. Como se acreditava que o mundo estava prestes a acabar, preocupava-se pouco em compor livros para o futuro; tratava-se de guardar no coração a imagem viva daquele que se esperava em breve rever nas nuvens.”