Joseph Ernest Renan (1823-1892). Obra: "Vida de Jesus. In: Coleção obra-prima de cada autor. Ed. Martins Claret. São Paulo, 2003. 528p." (pág. 408/409) “Jesus ignorava o nome de Buda, de Zoroastro, de Platão. Ele não tinha lido nenhum livro grego, nenhum sutra búdico e, no entanto, possuía em si mais de um elemento que, sem o suspeitar, vinha do budismo, do parsismo, da sabedoria grega. Tudo isso acontecia por meio de canais secretos e dessa espécie de simpatia que existe entre as diversas parcelas da humanidade. O grande homem, por um lado, recebe tudo de seu tempo; por outro, ele domina seu tempo. Mostrar que a religião fundada por Jesus foi a consequência natural do que havia sucedido antes não é diminuir a excelência; é provar que ela teve razão de ser, que ela foi legítima, ou seja, de acordo com os instintos e as necessidades do coração, num dado século.”