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Joseph Ernest Renan (1823-1892). Obra: "Vida de Jesus. In: Coleção obra-prima de cada autor.  Ed. Martins Claret. São Paulo, 2003. 528p." (pág 492)

Encerrados os procedimentos judaicos, Jesus foi levado pela manhã a Pilatos. Quem era esse governador romano, tão célebre que entrou no Credo, garantindo-se, com sua participação nesse episódio, uma memória histórica com que nem de longe a carreira mediana lhe faria supor? Um documento que se tem sobre ele é uma carta do dirigente judeu Herodes Agripa ao imperador Calígula, cerca de dez anos depois da morte de Jesus. Diz Agripa que Pilatos era "naturalmente inflexível e implacável", e cometia atos de "corrupção, de insulto, de rapina, de ultrajes ao povo, de arrogância, assassinatos de vítimas inocentes e da mais violenta selvageria". Haim Cohn considera esse documento o mais fidedigno entre os que dão conta da personalidade de Pilatos.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.