Teófilo de Antioquia (180 d.C.). Obra: "Primeiro livro a Autólico in Patrística: Padres Apologistas. Vol. 2. Ed. Paulus. São Paulo. 1995. 311p." “Em troca, os homens de Deus, que oram portadores de um espírito santo e profetas, recebendo de Deus inspiração e sabedoria, tornaram-se discípulos de Deus, e santos e justos. Por isso foram considerados dignos de receber a recompensa de se converterem em instrumento de Deus e terem parte em sua sabedoria. É sob a influência dessa sabedoria que falaram sobre a criação do mundo e sobre tudo o mais. Também profetizaram sobre pestes, fomes e guerras. E os profetas não foram um ou dois, mas muitos que, conforme as circunstâncias, se encontraram entre os hebreus, como também entre os gregos a Sibila, e todos disseram coisas que concordam entre si, tanto sobre os acontecimentos anteriores a eles, como sobre aqueles que sucederam depois e ainda os acontecimentos do seu tempo e os que se realizam entre nós no presente.”
[pág. 238]“Cumpre notar que os profetas disseram coisas bem coerentes e concordes, falando todos com um só e mesmo espírito sobre a monarquia de Deus, a origem do mundo e a criação do homem. E não só falaram, mas também sofreram dor, chorando sobre o gênero humano alheio a Deus, denunciaram os sábios aparentes pelo erro em que viviam e endurecimento do coração deles.”
[pág. 265]“Do mesmo modo falaram os outros profetas da verdade. Para que enumerar toda a multidão de profetas, que foram muitos e disseram infinitas coisas, coerentes e concordes entre si? Os que quiserem podem, lendo seus escritos, conhecer exatamente a verdade e não extraviar-se em especulação e trabalho inútil. Portanto, esses foram os profetas dos hebreus, dos quais falamos: homens iletrados, pastores e ignorantes.”
[pág. 266]