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Jesus Cristo

 Personalidade excepcional e única de Jesus

Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre dos Mestres. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 1999. 232p."

“Durante quase duas décadas em que tenho pesquisado o funcionamento da mente, a construção da inteligência e o processo de interpretação, posso afirmar com segurança que Cristo possui uma personalidade bastante complexa, multo difícil de ser investigada, interpretada e compreendida. Esta é uma das causas que inibiu a ciência de procurar investigar e compreender, ainda que minimamente, a sua inteligência.” [pág. 16]

“Cristo possuía uma personalidade difícil de ser estudada. Suas reações Intelectuais e emocionais eram tão surpreendentes e incomuns que ultrapassam os limites da previsibilidade psicológica. Apesar das dificuldades, é possível viajarmos por algumas avenidas fundamentais do pensamento de Cristo e compreendermos algumas áreas importantes da sua inteligência.” [pág. 17]

Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre dos Mestres. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 1999. 232p."

“Cristo não se comportava nem como herói nem como anti-herói. Sua inteligência era ímpar. Seus comportamentos fugiam aos padrões do intelecto humano. Quando todos esperavam que falasse, ele silenciava. Quando todos esperavam que tirasse proveito dos atos sobrenaturais que praticava, pedia para que as pessoas ajudadas por ele não contassem a ninguém o que havia feito. Ele evitava qualquer tipo de ostentação. Que autor poderia imaginar um personagem tão intrigante como esse?” [pág. 28]

“As reações de Cristo realmente contrapõem-se aos nossos conceitos, estereótipos e paradigmas (modelos de compreensão e padrões de reação). Vejamos sua entrada triunfal em Jerusalém. [...] ...mais uma vez ele teve uma atitude imprevisível que chocou a todos. Quando todos esperavam que ele entrasse triunfalmente em Jerusalém, com uma grande comitiva e pompa, tomou uma atitude clara e eloqüente que demonstrava que rejeitava qualquer tipo de poder político, pompa e estética exterior. Ele mandou alguns dos seus discípulos pegar um pequeno animal, um jumentinho, e teve a coragem de montar naquele desajeitado animal. E foi assim que aquele homem superadmirado entrou em Jerusalém. Nada é mais satírico e desproporcional do que o balanço de um homem transportado por um jumento... O animal é forte, mas é pequeno. Quem o monta não sabe onde colocar os pés, se os levanta ou os arrasta pelo chão. [...] Imaginem o presidente dos EUA, no dia da sua posse, solicitando aos seus assessores que arrumem um pequeno animal, como um jumento, para ele entrar na Casa Branca. Certamente esse presidente seria encorajado a ir imediatamente a um psiquiatra. A criatividade intelectual não consegue criar uma personalidade que possui uma inteligência requintada e, ao mesmo tempo, tão despojada e humilde.” [pág. 29/31]

Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre dos Mestres. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 1999. 232p."

“O que esperamos de uma pessoa com a origem distinta da nossa? No mínimo esperamos comportamentos diferentes do nosso, que extrapolem os padrões de nossa inteligência. Cristo tinha tais comportamento.” [pág. 183]

“Diante disso, chegou o momento de esse mestre intrigante dar-lhes uma lição inesquecível. Quando todos o colocavam nas alturas, inatingível, subitamente se Inclinou em silêncio, chegando ao nível dos pés dos seus discípulos. Tomou calmamente uma toalha, colocou-a sobre seus ombros, pegou uma bacia de água e, sem dizer palavra alguma, começou a lavar os pés deles. Que cena impressionante! Que coragem e despojamento! Nunca ninguém que foi considerado tão grande se fez a si mesmo tão pequeno! Nunca ninguém com o indescritível status de Deus fez um gesto tão humilde e singelo! Nunca o silêncio foi tão eloqüente... Todos os discípulos ficaram perplexos com sua atitude. Em Roma, os imperadores queriam que os homens se prostrassem aos seus pés e os considerassem divinos. Em Jerusalém, havia alguém que foi reconhecido como “Deus”, mas, ao invés de exigir que os homens se prostrassem aos seus pés, ele se prostrou aos pés deles. Que contraste! Não são apenas as palavras de Cristo que não têm precedente histórico, mas também os gestos.” [pág. 225/226]

“Qualquer pessoa, inclusive os cientistas, que tentar estudar a inteligência de Cristo ficará intrigada e ao mesmo tempo encantada com os paradoxos que a cercam. Como é possível alguém que teve uma simples profissão de carpinteiro, que precisava entalhar madeira para poder sobreviver, ser colocado como autor da existência, como arquiteto do universo! O registro de João 1 diz que “tudo foi feito nele e para ele e sem ele nada do que foi feito se fez...” Como pode alguém dizer que tem o segredo da eternidade e se humilhar a ponto de lavar os pés de simples pescadores galileus que não tinham qualquer qualificação social ou intelectual? Como pode alguém que superava todo tipo de medo, que era tão corajoso e inteligente, ter se permitido passar pelo caos indescritível da cruz, pela lenta desidratação, dor e exaustão física e psicológica gerada por ela?” [pág. 229]

Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre da Sensibilidade. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2000. 214p."

“Houve um homem que não se abalava quando contrariado. Jesus não se perturbava quando seus seguidores não correspondiam às suas expectativas. Diferente de muitos pais e educadores, ele usava cada erro e dificuldade dos seus íntimos não para acusá-los e diminuí-los, mas para que revisassem suas próprias histórias.” [pág. 17/18)

“Quem na história expressou as características do mestre de Nazaré? Raramente alguém reúne meia dúzia dessas características em sua própria personalidade. Elas são universais, por isso foram procuradas de forma incansável pelos intelectuais e pensadores de todas as culturas e sociedades.” [pág. 20/21)

“Aquele que teve a personalidade mais espetacular de todos os tempos tem de ser investigado à altura que merece.” [pág. 21)

“Nas situações mais tensas, ele não se embaraçava nem se preocupava em ter reações imediatas. Ele pensava antes de reagir e não reagia antes de pensar. De fato, mergulhava dentro de si mesmo e abria as janelas da sua mente para encontrar as idéias mais lúcidas para uma determinada pergunta, dificuldade ou situação. Deste mergulho interior emanavam seus pensamentos. Maravilhados com sua sabedoria, os fariseus e os herodianos se retiraram de sua presença.” [pág. 57)

“Nenhum ser humano esteve em uma posição tão alta como a dele. Todavia, paradoxalmente, ninguém se humilhou tanto como ele.” [pág. 62)

“A personalidade de Cristo é difícil de ser investigada. Ela foge completamente à previsibilidade lógica, por isso é capaz de deixar perplexo qualquer pesquisador da psicologia.” [pág. 94)

“O mestre dos mestres da escola da vida deixou-nos um modelo vivo de uma pessoa emocionalmente saudável. Ele se entristeceu ao máximo, mas não teve medo nem vergonha de declarar abertamente as emoções aos seus amigos. Estes registraram em papiros essa característica de sua personalidade e a expuseram ao mundo. Até hoje, a maioria das pessoas não entende que tal característica reflete uma pessoa encantadora. Somente os fortes conseguem admitir suas fragilidades.” [pág. 110/111)

“Alguns, por analisar superficialmente os pensamentos e as reações de Cristo na noite em que foi preso, vêem ali fragilidade e recuo. Eu vejo ali a mais bela poesia da liberdade, resignacão e autenticidade. Tinha liberdade de omitir seus sentimentos, mas não o fez. Nunca alguém tão grande foi tão autêntico.” [pág. 114)

“Uma análise psicológica estrita da personalidade de Cristo indica que ele teve tal habilidade. Só envolveu a emoção tensa na sua produção de pensamentos horas antes de morrer. Se, durante a sua jornada, não soubesse administrar a sua inteligência, ele estrangularia a sua emoção, pois, por estar consciente do drama que atravessaria, ficaria atormentado continuamente na sua mente, o que não lhe daria condições para brilhar na arte de pensar, ser sereno, afetivo e dócil com todas as pessoas que cruzavam a sua história. Não vivendo um teatro: o paradoxo entre o poder e a singeleza. Quando aquele homem dócil e corajoso pediu a Deus que afastasse dele aquele cálice, tomou a atitude mais incompreensível de toda a sua história. Com essas palavras, como estudamos, ele viveu a arte da autenticidade, mas, por outro lado, essa atitude poderia comprometer a adesão de novos discípulos, pois é próprio da fantasia humana aderir a alguém que nunca expresse qualquer fragilidade. Alguns veem nessa atitude fragilidade e hesitação, mas após estudar exaustivamente a sua personalidade, vejo nela a mais bela poesia de liberdade. Ela retrata que, se quisesse, poderia ter evitado o seu cálice, mas o tomou livre e conscientemente.Suas palavras revelam que ele não representava uma peça, mas queria ser ele mesmo, por isso relatou sem maquiagem o que se passava no palco da sua emoção. Jesus de Nazaré era tão grande e desprendido que não tinha nenhuma necessidade de simular o que sentia. Nós, ao contrário, não poucas vezes simulamos o que sentimos, pois temos medo de ser desaprovados e excluídos do ambiente em que vivemos.” [pág. 181/182)

“Como mencionei, em vez de usar o seu poder para controlar as pessoas e almejar que o mundo estivesse aos seus pés, ele se abaixou e lavou os pés de homens sem privilégios sociais. O amor que o movia ultrapassava os limites da lógica. A psicologia não consegue perscrutá-lo e analisá-lo adequadamente, pois sua personalidade é muito diferente do prosaico.” [pág. 184)


Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre da Sensibilidade. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2000. 214p."

“O mestre de Nazaré, apesar de ter atingido o ápice da ansiedade no Getsêmani, não teve como sintomas da depressão a irritabilidade, a hipersensibilidade e a labilidade emocional, mas apenas um estado intenso de tensão, associado a sintomas psicossomáticos. Ele ainda conseguia administrar sua emoção e gerenciar seus pensamentos, o que explica a gentileza e amabilidade expressas no momento em que Judas o traiu e quando os discípulos o frustraram. No ápice da sua angústia, ele ainda brilhava em sua humanidade. Abatido, ainda cuidava das pessoas e era afetivo com elas. Nunca descarregou sua tensão nas pessoas que o circundavam. Nunca fez delas depósito da sua dor.” [pág. 138]

“A construção de pensamentos do homem Jesus estava hiperacelerada na sua última noite, pois ele não parava de pensar em tudo o que iria viver em seu cálice. Mas não perdeu o controle da sua inteligência, não se afogou nas tramas da instabilidade emocional e da irritabilidade. Lucas descreve que a ansiedade do mestre era tão intensa que produziu importantes sintomas psicossomáticos. Certamente seu coração batia mais rápido e sua frequência respiratória devia estar aumentada. Enquanto orava, seus poros se abriam e o suor escorria pelo seu corpo e molhava a terra aos seus pés.” [pág. 139]

“Cristo não sofreu um ataque de pânico no jardim do Getsêmani. Ele apresentou diversos sintomas psicossomáticos e uma emoção tensa e angustiada, mas não sentiu medo de morrer. Tanto assim que discursou diversas vezes seus pensamentos no território daqueles que o odiavam, correndo constante risco de morrer.” [pág. 141]

Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: O Mestre da Vida. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2001. 226p." (pág. 73)

“Sua personalidade não foi apenas superior à média dos homens. Ela foi única, exclusiva. Ninguém reagiu como ele no ápice da dor e da humilhação social.”

Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: O Mestre da Vida. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2001. 226p." (pág. 177)

“Nunca alguém tão forte, inteligente, sábio e amável se deixou passar por um julgamento tão humilhante. Ninguém reagiu como ele no final da vida. Seus comportamentos eram ímpares.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.