Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre da Sensibilidade. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2000. 214p." “Estamos acostumados à expressão "filho de Deus" mas na época tal expressão era para os judeus uma grande heresia. Eles adoravam o Deus todo-poderoso, criador dos céus e da terra, que não tem princípio de dias nem fim de existência. Para eles, os homens são apenas criaturas de Deus. Jamais admitiriam que um homem pudesse ser filho do imortal, do todo-poderoso. Dizer-se filho de Deus, para os judeus, era o mesmo que dizer que possuía a mesma natureza de Deus e, portanto, era se fazer igual a Deus. Uma blasfêmia inaceitável para eles. Como pode um homem simples, que não reivindica poder e não procura a fama, ser o próprio filho do Deus altíssimo? Isso era inconcebível para os mestres da lei.”
[pág. 86]
“Contudo, apareceu na Galiléia alguém que proclama com todas as letras ser o próprio filho de Deus e que tanto ele como seu Pai tem emoções, ficam preocupados, amam cada ser humano em particular. O pensamento de Jesus revolucionou o pensamento dos judeus que adoravam um Deus inatingível, imarcescível.”
[pág. 108/109]