Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: O Mestre da Vida. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2001. 226p." (pág. 27) “A cúpula Judaica considerava-se representante de Deus na terra. Os assuntos de Deus eram a especialidade deles. Com a chegada de Jesus, todos deveriam estar extasiados, alegres e dispostos a servi-lo e a abandonar todos os preconceitos religiosos. Entretanto, como poderiam servir a um Cristo que nasceu num estábulo e cresceu numa cidade desprezível, fora da esfera dos doutores da lei? Como poderiam ser ensinados por um Cristo que se escondeu na pele de um carpinteiro e tinha as mãos grossas oriundas de um trabalho pesado? Como poderiam amar e se envolver com alguém que era amigo de pecadores, que acolhia as prostitutas e jantava na casa dos malditos coletores de impostos? No conceito dos fariseus da época, o filho do Altíssimo deveria ter nascido em Jerusalém, em berço de ouro, ter a pele rosada, não se misturar com a plebe nem se envolver com pecadores.
Jesus era a antítese de tudo que imaginavam sobre o Cristo.
[...] Não podia ser ele o Cristo, este teria de combater Tibério e todo o império romano e não eles, os zelosos da religião Judaica. Diante de tal blasfêmia, os líderes de Israel decidiram que ele tinha de morrer rapidamente.”
Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "Análise da Inteligência de Cristo: o Mestre do Amor. São Paulo. Ed. Academia de Inteligência. 2002. 229p." (pág. 147/148) Para a cúpula judaica, era inconcebível que o Deus que os tirou da terra do Egito, que lhes deu a terra de Canaã e que foi profetizado com eloqüência por inúmeros profetas e louvado por diversos salmistas, estivesse diante deles representado por seu filho. O filho do Altíssimo não poderia estar na pele de um carpinteiro. Um carpinteiro que constrói objetos de madeira não poderia ser o enviado pelo Arquiteto do universo. Um galileu nascido em um curral e que cresceu em uma cidade desprezível, que não teve o privilégio de ser ensinado aos pés dos escribas e dos fariseus não poderia jamais ser o Cristo, o messias esperado há tantos séculos pelo povo de Israel. A história e os comportamentos de Jesus perturbavam a mente dos líderes de Israel. Eles olhavam para a sua aparência e para a sua origem e imediatamente o rejeitavam. Embora Isaías no capítulo 53 descrevesse com precisão cirúrgica, nos anos 740-680 a.C., portanto cerca de sete séculos antes da vinda de Jesus, os detalhes sociais e psicológicos do Cristo, a cúpula judaica sentiu aversão pelos seus comportamentos. [...] Se a cúpula judaica aceitasse Jesus como o Cristo, teria de se aproximar do povo, despojar-se de sua arrogância e fazer tudo o que ele fazia. Tinha de perdoar incondicionalmente, aceitar em suas mesas pessoas vis, tratar das feridas dos leprosos e ser complacente com pessoas socialmente não recomendadas. Tal atitude era inconcebível para os guardiões da moral.
Laurie Beth Jones. Obra: "Jesus, o maior líder que já existiu: como os princípios de liderança de Cristo podem ser aplicados no trabalho, gerando crescimento, harmonia e realização. Rio de Janeiro. Ed. Sextante. 2006. 2ª edição. 150p." “Jesus não correspondia à imagem que as pessoas faziam de um líder. Quando o apóstolo Filipe foi contar notícias da chegada do Messias a Natanael, ouviu a seguinte pergunta: “Será que pode sair alguma coisa boa de Nazaré?” (João 1:45-46) Jesus não era guerreiro nem da realeza. Também não era exatamente bonito, segundo alguns textos. Ele não só veio do lado errado da cidade, como também da cidade errada. O homem que ninguém teria considerado usava a coroa. Nada que os sábios pudessem decifrar em suas bibliotecas falava em um rei carpinteiro. Mais uma vez Deus resolveu fazer uma surpresa.”
[pág. 59]“Jesus foi uma das surpresas de Deus. Ele surgiu de onde ninguém esperava.”
[pág. 61]