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Judeus
       Por que os judeus rejeitaram e ainda rejeitam Jesus?

 Porque além de dizer que representava Deus, tratava todos como seus iguais

Laurie Beth Jones. Obra: "Jesus, o maior líder que já existiu: como os princípios de liderança de Cristo podem ser aplicados no trabalho, gerando crescimento, harmonia e realização. Rio de Janeiro. Ed. Sextante. 2006. 2ª edição. 150p." (pág. 103/104)

“Os antigos hebreus temiam até proferir o nome de Deus (Êxodo 20:7; Deuteronômio 28:58-62). No Velho Testamento, um soldado foi morto por tocar na Arca da Aliança do Senhor (1Crônicas 13:9-10) quando estava impuro. A antiga lei levita decretava que as pessoas com deficiências físicas não eram autorizadas a entrar no Templo e a fazer oferendas (Levítico 2 1:17-21). No Velho Testamento, Deus era tratado como sendo extremamente severo. Ele era tão puro que não podia sequer olhar para o mal, muito menos tolerá-lo. Todo o sistema religioso baseava-se em ensinar às pessoas como tornarem-se puras o suficiente para ficarem na presença do Senhor (evitando assim serem atingidas por um raio). Quando Jesus surgiu no cenário histórico, a maioria das pessoas ainda era considerada cheia de impurezas — algumas por causa de seus atos, outras por causa de sua origem (por exemplo, os não-judeus). As mulheres eram consideradas impuras pelo menos uma vez ao mês (Levítico 15:19). Qualquer um era impuro se comesse carne de porco. Em outras palavras, pouquíssimas pessoas eram puras o bastante para se aproximarem de Deus. Somente Moisés podia conversar com Ele face a face (Deuteronômio 34:10). Jesus dizia ser relacionado com Deus, mas se misturava com prostitutas, ladrões e cobradores de impostos. Pode-se imaginar como isso perturbou a hierarquia religiosa. Não apenas a identidade de Deus, mas a identidade dos líderes religiosos (e a base do poder deles) estava sendo ameaçada. Representando Deus, Jesus tratava todos como seus iguais. Ele podia remover montanhas, levantar os mortos, curar os doentes, fazer os aleijados caminharem e os cegos enxergarem. No entanto, chamava os pescadores e as prostitutas de irmãos e irmãs. Não apenas aceitava esses indivíduos “menos-que-puros” como irradiava tanto amor por eles que multidões iam ao seu encontro. As pessoas se sentiam bem na sua presença.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.