Santa Faustina (1905-1938). Obra: "Santa Ir. Maria Faustina Kowalska, Diário, A Misericórdia Divina na minha alma. 41ª edição. Ed. Apostolado da Divina Misericórdia. Curitiba - PR. 2015. 493p." “Em determinado momento, a noite, veio ter comigo uma das nossas irmãs, que morreu há dois meses". Era uma irmã do primeiro coro. Vi-a num estado terrível. Toda em chamas, o rosto retorcido de dores. Isso durou um breve momento e logo desapareceu. Um tremor atravessou a minha alma, porque não sabia onde sofria, se no purgatório ou no inferno; contudo, dobrei as minhas orações por ela. Na noite seguinte veio novamente, mas a vi em estado mais terrível, em chamas ainda mais intensas; no seu rosto estampava-se o desespero.
Fiquei muito admirada porque, depois das orações que por ela ofereci, vi-a em pior estado e perguntei: "Não lhe ajudaram as minhas orações?". Respondeu-me que nada lhe ajudaram as minhas orações e nada ajudariam. Perguntei: "As orações que toda a congregação lhe tinha oferecido, também essas não lhe trouxeram nenhuma ajuda?". Respondeu-me que nenhuma. "Essas orações beneficiaram outras almas”. Disse-lhe então: "Se as minhas orações nada ajudaram à irmã, peço que não volte mais a mim". E desapareceu imediatamente. No entanto, não cessava de rezar. Depois de algum tempo, veio visitar-me novamente à noite, mas num estado diferente. Já não estava em chamas, como antes, e o seu rosto estava radiante, os olhos brilhavam de alegria e me disse que tenho o verdadeiro amor para com o próximo, que muitas outras almas tiraram proveito das minhas orações e me encorajou a não deixar [de rezar] pelas almas que sofrem no purgatório e me disse que ela já não ficaria por muito tempo no purgatório. Os desígnios de Deus são verdadeiramente admiráveis!”
[pág. 42]“Uma vez, quando entrei na capela para uma adoração de cinco minutos , e estava rezando por certa alma, compreendi que nem sempre Deus aceita as nossas orações por aquelas almas pelas quais rezamos, mas destina-as a outras almas e, mesmo que não lhes trazemos alívio para os sofrimentos no fogo do purgatório, contudo,
a nossa oração não se perde.”
[pág. 187/188]