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             Padre Pio (santo)
                   Os Estigmas de Padre Pio

 Exame dos estigmas por parte do bispo inquisidor do Santo Ofício, Raffaello Carlo Rossi

Francesco Castelli. Obra: "Padre Pio: Sob investigação – A autobiografia secreta. Ed. Paulinas. São Paulo. 2012. 3ª edição. 363p." (pág. 103/354)

ANÁLISE DO AUTOR SOBRE O INTERROGATÓRIO DO BISPO INQUISIDOR: “...o fenômeno no seu conjunto permanece inexplicável para quem não aceita uma referência sobrenatural.

[...]

Levado por uma força extraordinária, as suas chagas não só não se curam, como não infeccionam nem supuram...” (pág. 25) “Ora, uma exsudação constante, contínua, notável, só em pontos físicos bem determinados e com bordas nítidas, de modo a também assumir formas bem precisas em lugares diferentes, era de per si um fato que, sendo cientificamente muito estranho, depunha a favor de uma proveniência não humana dos estigmas. Aliás, essas exsudações não davam lugar a flogose ou supuração. Também isso era um indício favorável à origem sobrenatural das chagas. 2. A aplicação de ácido fênico produz um efeito bem diferente do encontrado nas chagas do estigmatizado e acaba por consumir os tecidos, inflamando a região ao redor. Não era esse o caso das feridas examinadas. [pág. 103/104]

INVESTIGAÇÃO DO BISPO INQUISIDOR DO SANTO OFÍCIO RAFFAELLO CARLO ROSSI: “Resignado, o capuchinho descobre as mãos. As luvas têm sangue colado, e fica evidente que ao tirá-las sente dor. Os estigmas estão diante dos olhos do inquisidor, que olha e escreve: "Há estigmas; estamos diante de um fato real que é impossível negar".” [pág. 64]

“Dom Rossi está refletindo a respeito desse fenômeno, quando pede a Padre Pio que tire o hábito, a camisola de dormir e descubra a ferida do peito. O inquisidor, que já sabe qual é o aspecto daquela chaga, pelas descrições dos médicos que o antecederam, aproxima-se do peito do padre e a observa: incrível! Mesmo esperando uma cruz ou um corte, vertical ou horizontal, ele constata: "No peito, o sinal é representado por uma mancha triangular cor de vinho e por outras manchas menores; portanto, não tem mais o formato de uma espécie de cruz invertida".” [pág. 65]

“Deixando aos cardeais do Santo Ofício um eventual juízo e decidindo, prudentemente, não se pronunciar pessoalmente, a conclusão de Dom Rossi é clara: racionalmente, à luz dos dados adquiridos, os estigmas de Padre Pio apresentam as características de uma origem divina e são, assim, "motivo para fazer pender a favor do dom sobrenatural".” (pág. 68)

“Há estigmas: estamos diante de algo que é real e impossível de ser negado. Procurei amplamente descrevê-los no relatório anexo, redigido durante a observação de tais estigmas. Devo somente confiar na benevolência dos Emmos. padres, porque o relatório pode não ter sido expresso com os mesmos termos que um médico perito usaria. Aliás, nem sequer efetuei a visita com critérios médicos, pois fui um simples observador, embora o mais diligente possível.

[...]

Portanto, os estigmas nas mãos são visibilíssimos, estigmas produzidos, parece-me, por exsudação sanguínea: não há de modo nenhum abertura nem desagregação dos tecidos, pelo menos nas palmas; poder-se-á dizer que haja nas costas — das mãos —, ao que me parece, mas, nesse caso, é preciso esclarecer que a eventual abertura não penetra em toda a cavidade da mão e também não atinge a palma. Portanto, mesmo não sendo especialista, e por somente ter observado o fato, ater-me-ia ao parecer do doutor Festa, contra o do doutor Romanelli, que afirma a existência de uma ferida de lado a lado. De resto, se houvesse uma desagregação de tecidos, o Padre Pio não poderia articular a mão e fechá-la, e, no entanto, ele abre-a e fecha-a quase completamente. Nas extremidades inferiores, os estigmas estavam quase desaparecendo: notava-se apenas algo semelhante a dois botões pela epiderme branca e delicada; mas o padre assegura que tais estigmas "são, por vezes, mais ou menos visíveis; acontece que agora parecem estar quase sumindo, mas, na verdade, não desaparecem. Depois, voltam, por isso, também pode acontecer que os dos pés se tenham agora reaberto. No peito, o sinal é representado por uma mancha triangular cor de vinho e por outras pequenas, portanto, não mais como uma espécie de cruz invertida, como foi vista em 1919 pelos doutores Bignami e Festa. É nesse sinal que há maior efusão de sangue.” [pág. 146/148]

“No caso do Padre Pio, realmente não temos nem um simples inchaço nem um simples suor com aspecto de sangue; por vezes, o sangue — verdadeiro sangue, como os médicos verificaram — flui e até se recorre a medicamentos, embora inutilmente, para estancar o seu curso; pelo menos uma vez, por causa da efusão desse sangue, o Padre Pio não pôde celebrar a Santa Missa, portanto, isso é uma peculiaridade específica dos estigmas Miraculosos.” [pág. 160]

“...o caráter sobrenatural do sangue que brota encontra-se nos estigmas do Padre Pio.” [pág. 161]

“Para Padre Poulain, outra característica essencial dos verdadeiros estigmas encontra-se no fato de eles estarem "no mesmo lugar que os do corpo de Jesus Cristo". Isso ocorre indubitavelmente no Padre Pio, e é fato tão excepcional e fora do comum, que o professor Bignami se viu obrigado a escrever: "O que não é possível explicar, através dos conhecimentos que possuímos acerca das necroses neuróticas, é a localização perfeitamente simétrica das lesões descritas.” [pág. 162]

“Quanto a isso, não há dúvida. Os estigmas do Padre Pio subsistem há mais de três anos; portanto, poder-se-ia dizer que são de origem divina. "Não é possível curar estigmas verdadeiros com medicamentos." Portanto, é o caso de Padre Pio. De fato, nem o iodo nem glicerolato de amido, usados para estancar o sangue, conseguiram esse objetivo e, muito menos, cicatrizar as feridas.” [pág. 163]

“Pois bem: um novo elemento a favor de Padre Pio e dos seus estigmas que, assim, teriam uma sanção ulterior de fato miraculoso. Nenhuma supuração nas chagas do capuchinho.” [pág. 165]

DEPOIMENTO DO PADRE LUDOVICO DE SAN GIOVANNI ROTONDO, CAPUCHINHO, DIA 18/06/1921, ÀS 11HS: “P.: Em particular sobre os estigmas. R.: Vejo-os continuamente, quando assisto à missa. Sei que dois médicos foram enviados propositadamente, e disseram não haver uma explicação natural para isso; são algo extraordinário.” [pág. 244]

DEPOIMENTO DO PADRE CHERUBINO DE SAN MARCO IN LAMIS, CAPUCHINHO, DIA 20/06/1921, ÀS 8:30HS: “P.: Sobre o Padre Pio. R.: Parece-me que, considerados os fatos globalmente, ocorre algo de extraordinário. Os fatos a que me refiro são os dos estigmas, que ocorrem há dois anos e meio, os quais, não obstante os tratamentos prescritos pelos médicos em certos momentos, como tintura de iodo e ligaduras postas no peito, pelo que sei de testemunhas oculares, não cicatrizaram. Ademais, em vez de pus, essas chagas gotejam sangue, como se os tecidos profundos fossem cortados. Além disso, se [fossem] chagas naturais, deveriam provocar náuseas; mas, pelo contrário, às vezes, próximo da sua pessoa, sente-se um suave perfume.” [pág. 252/253]

QUINTO DEPOIMENTO DO PADRE PIO DE PIETRELCINA, CAPUCHINHO, DIA 17/06/1921, ÀS 21HS: “P.: VP jura, sobre o santo Evangelho, não ter provocado, alimentado, cultivado, aumentado, conservado, direta ou indiretamente, os sinais que traz nas mãos, nos pés e no peito? R.: Juro. P.: V.P. jura, sobre o santo Evangelho, que nunca usou dermografia, isto é, que nunca fez, por uma espécie de autossugestão, sinais que depois pudessem ser visíveis, com base em ideias fixas ou dominantes? R.: Juro. Por caridade, por caridade! Antes o Senhor me livrasse deles; como lhe ficaria grato!” [pág. 283]

CARTA DE PADRE BENEDETTO DE SAN MARCO IN LAMIS AO MINISTRO-GERAL DA ORDEM, SUPERIOR-GERAL DA ORDEM DOS CAPUCHINHOS: “No dia 24 de abril de 1919, o Padre Benedetto informa o ministro-geral da ordem: “Revmo. padre geral, até agora eu me tinha calado por um certo sentimento de reserva que nasce espontaneamente em semelhantes circunstâncias e pela delicadeza do ministério espiritual, que aconselha a esconder os dons do Grande Rei. Nos inícios de março quis ir pessoalmente verificar de visu o que haveria. Era sexta-feira e, logo que chegou a noite, observei-lhe comodamente as mãos: estavam perfuradas e sangrando; no peito, vi um rasgão de vários centímetros úmido de sangue e o pano que lhe era aplicado — peguei nele — molhado em água e sangue.”[pág. 354]




Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.