Mons. Jonas Abib (Brasil – 1936-2022). Obra: "Maria: A Mulher do Gênesis ao Apocalipse. Editora Canção Nova. 19ª edição. 2011. São Paulo. 158p." (pág. 45/46) “Por causa de Jesus, o Pai quis fazer nela maravilhas. A iniciativa foi do Pai! Conforme está na Bíblia: "O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo”. Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação" (Lc 1, 28-29). Por que Maria ficou perturbada, pensando no que significaria semelhante saudação? Para nós, que estamos acostumados a dizer "Ave Maria, cheia de graça", o termo “graça” não tem tanto peso e passa despercebido. Mas para ela, israelita, que conhecia muito bem as Sagradas Escrituras, o termo "cheia de graça" tinha peso.
Ninguém nunca havia sido saudado assim. Por isso, quando o anjo a chama "cheia de graça", ela se espanta. É como se dissesse: "Não pode ser. Eu, cheia de graça?".
[...] O que isso queria dizer? Todo o Amor de Deus, toda a sua bondade e benevolência, toda graça, tudo foi canalizado para ela.
[...] A ninguém as Escrituras chamam de "cheia de graça", só a ela!”