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Inferno (região dos mortos, morada dos mortos, geena)

 Os condenados ao inferno não podem amar nem se arrepender, pois ficaram apegados eternamente ao ódio

Santa Catarina de Sena (Itália, 1347-1380). Obra: "O Diálogo. Editora Paulus. 1ª edição. 14ª impressão. 2015. São Paulo. 409p." (pág. 93/94)

Resposta de Deus à Santa Catarina: “Grande é o ódio dos condenados, pois já não amam o bem. Blasfemam continuamente contra mim! Queres saber por que já não podem desejar o bem? É porque, no fim desta vida, vincula-se o livre arbítrio. Com o cessar do tempo, já não se merece mais. Quem termina esta existência no pecado mortal, por direito divino fica para sempre apegado ao ódio, obstinado no mal, a roer-se interiormente. Seus sofrimentos irão aumentando sempre, especialmente por causa das demais pessoas que por sua causa irão para a condenação. Tendes a respeito disto o exemplo do rico epulário (Lc 16,27), que suplicava a Lázaro para que fosse até seus irmãos, no mundo, a fim de adverti-los sobre os futuros castigos. Ele não agia assim por amor e compaixão deles. Não tinha mais a virtude da caridade, nem poderia desejar-lhes o bem, seja querendo honrar-me ou salvar os irmãos. Já te disse que os condenados ao inferno não podem fazer o bem; eles só blasfemam contra mim, uma vez que suas vidas acabaram no ódio a todo bem. Por que então o rico epulário fala daquela maneira? Porque fora o mais velho dos irmãos e dera-lhes maus exemplos durante a vida; pessoalmente era causa de condenação eterna para eles. Se viessem para a sua companhia, teria seus próprios tormentos aumentados.”

Frank J. Sheed (Austrália, 1897-1982). Obra: "Um mapa para a vida: uma explicação simples da fé católica. Editora Quadrante. São Paulo. 2016. 137p."

“No caso de que alguma alma do inferno se voltasse para Deus suplicando piedade, Deus premiaria a sua oração, mas o problema é que as almas do inferno não elevam prece alguma, pois, odiando como odeiam o seu sofrimento, odeiam ainda mais a Deus. [...] Não é a vingança insaciável de Deus que o mantém no inferno, mas a inalterável orientação da sua vontade para o mal. A vontade humana escolhe livremente. Deus não interfere.” [pág. 128]

“Há, é bem certo, um mistério no inferno. Mas não é o mistério da crueldade de Deus, é o da vontade humana e da possibilidade de que escolha o mal.” [pág. 129]



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.