Frank J. Sheed (Austrália, 1897-1982). Obra: "Um mapa para a vida: uma explicação simples da fé católica. Editora Quadrante. São Paulo. 2016. 137p." “
Um cientista só pode explicar do que somos feitos — ou melhor, do que os nossos corpos são feitos —, mas não pode dizer para que fomos criados. Além disso, neste assunto de importância vital, o que o cientista tem a dizer é insuficiente, por mais que seja interessante. Em outras palavras:
ninguém pode dizer-nos a nossa finalidade , só Deus. Se Ele não nos disser qual é, somos incapazes de descobri-la. Poderemos, é claro, fazer teorias — Ou, falar com clareza, tentar adivinhar qual é.”
[pág. 12/13]“Assim, como só pela Revelação divina podemos saber com certeza qual é a finalidade da nossa existência, quem não crê nela não tem outro remédio senão decidir, por conta própria, que orientação dar à sua vida. Porém, cada ser humano dispõe de inúmeras opções e há grandes chances de ele escolher um rumo errado e estragar toda a sua vida. Caso ele esteja em posição de regular o destino de outras pessoas — quer como rei, governante ou simples pai de família —, o desastre será ainda mais grave. E quanto mais zelo e energia puser nessa tarefa, maior será também o prejuízo.
Não é possível de modo algum viver «inteligentemente», isto é, conscientes do verdadeiro fim da nossa vida, se Deus não nos revela esse fim. Assim, o ato supremo da inteligência é entender a Relação de Deus, já que esse conhecimento é indispensável e só pela Palavra divina podemos chegar a ele. É uma insensatez interpretar essa aceitação como uma negação da liberdade ou uma forma de suicídio intelectual. O objeto do pensamento é a Verdade.”
[pág. 14/15]