Frank J. Sheed (Austrália, 1897-1982). Obra: "Um mapa para a vida: uma explicação simples da fé católica. Editora Quadrante. São Paulo. 2016. 137p." (pág. 132/133) “
Se a pessoa está verdadeiramente contrita — isto é, arrependida pelo motivo correto — e suficientemente contrita — isto é, tão arrependida quanto o exige a gravidade do pecado —,
Deus perdoa-lhe tudo, a culpa e o castigo. Mas que sucede se o arrependimento de uma pessoa, sendo verdadeiro, carece da necessária intensidade? A culpa lhe é perdoada, a sua alma recupera a vida sobrenatural e Deus lhe permite compensar sofrendo o que falta de arrependimento. Por outras palavras, ainda depois de ter a culpa perdoada, o castigo fica pendente.
Se a pessoa morre numa dessas duas situações — com um pecado venial de que não se arrependeu, ou mortal de que se arrependeu mas não suficientemente —, deve satisfazer ainda uma dívida para com a justiça. A alma deve livrar-se totalmente do pecado e então reunir-se com Deus.
A limpeza da alma acontece, pela graça de Deus, no Purgatório, onde padece um sofrimento reparador. As almas do Purgatório sofrem, mas a luta terminou e sabem que o Céu será seu.”