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G.K. Chesterton (Londres-Inglaterra, 1874-1936). Obra: "O Homem Eterno. Editora Ecclesiae. 1ª edição. 2014. 326p." (pág. 40/41)

A verdade mais simples sobre o homem é que ele é um ser muito estranho; quase que no sentido de ser um estrangeiro na terra. Com toda a sobriedade, pode-se dizer que ele tem bem mais da aparência externa de alguém a trazer hábitos estrangeiros de uma outra terra da aparência de mero desenvolvimento desta terra. Ele tem uma vantagem injusta e uma desvantagem injusta. Ele não pode dormir só com a sua própria pele; ele não pode confiar em seus próprios instintos. Ele é ao mesmo tempo um criador movendo as suas mãos e dedos miraculosos e uma espécie de aleijado. Ele está enrolado em ataduras artificiais chamadas roupas; ele está escorado em muletas artificiais chamadas mobília. A sua mente tem as mesmas liberdades duvidosas e as mesmas limitações selvagens. Único entre todos os animais, ele é sacudido com a bela loucura chamada riso; como se ele tivesse percebido algum segredo na forma mesma do universo, escondida do próprio universo.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.