Antônio Augusto Borelli Machado (São Paulo). Obra: "As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia. Editora Artpress Indústria Gráfica e Editora Ltda. 42ª edição. 1995. São Paulo. 94p." (pág. 92/93) “Das três crianças de Fátima, a única sobrevivente é Lúcia, hoje Religiosa carmelita em Coimbra. Sob a direção imediata desta última, um artista esculpiu duas imagens que correspondem o quanto possível aos traços fisionômicos com que a Santíssima Virgem apareceu em Fátima. Ambas essas imagens, chamadas peregrinas, têm percorrido o mundo, conduzidas por Sacerdotes e leigos. Uma delas foi levada recentemente a Nova Orleans. E ali verteu lágrimas. O Pe. Romagosa, autor da crônica a que me referi, tinha ouvido falar dessas lacrimações pelo Pe. Joseph Breault M.A.P., ao qual está confiada a condução da imagem. Entretanto, sentia ele funda relutância em admitir o milagre. Por isto, pediu ao outro Sacerdote que o avisasse assim que o fenômeno começasse a se produzir. O Pe. Breault, notando alguma umidade nos olhos da Virgem peregrina no dia 17 de Julho, telefonou ao Pe. Romagosa, o qual acorreu junto à imagem às 21h30, trazendo fotógrafos e jornalistas. De fato, notaram todos alguma umidade nos olhos da imagem, que foi logo fotografada. O Pe. Romagosa passou então ao dedo pela superfície úmida, e recolheu assim uma gota de líquido, que também foi fotografada. Segundo o Pe. Breault, esta era a 13ª lacrimação a que ele assistia. Às 6h15 da manhã seguinte, o Pe. Breault telefonou novamente ao Pe. Romagosa informando-o de que desde às 4 horas da manhã a imagem chorava. O Pe. Romagosa chegou pouco depois local, onde, diz ele, "vi uma abundância de líquido nos olhos da imagem, e uma gota grande de líquido na ponta do nariz da mesma". Foi sesa gota, tão graciosamente pendente, que a fotografia divulgada pelos jornais mostrou a nosso público. O Pe. Romagosa acrescenta que vira "um movimento do líquido enquanto surgia lentamente da pálpebra inferior". Mas ele queria eliminar dúvidas. Notara que a imagem tinha uma coroa fixada na cabeça por haste metálica. Ocorreu-lhe uma pergunta: não haveria sido introduzida, no orifício em que penetrava a haste, certa porção de líquido que depois escorrera até os olhos? Cessado o pranto, o Pe. Romagosa retirou a coroa da cabeça da imagem: a haste metálica estava inteiramente seca. Introduziu ele, então, no orifício respectivo, um arame revestido de papel especial, que absorveria forçosamente todo líquido que ali estivesse. Mas o papel saiu absolutamente seco. Ainda não satisfeito com tal experiência, introduziu no orifício certa quantidade de líquido. Sem embargo, os olhos; se conservaram absolutamente seco. O Pe. Romagosa voltou então a imagem para o solo: todo o líquido colocado no orifício escorreu normalmente. Estava cabalmente provado que do orifício da cabeça — único existente na imagem — nenhuma filtração de líquido para os olhos seria possível. O Pe. Romagosa ajoelhou-se. Enfim ele acreditava.”