Frei Inácio Larrañaga (Espanha – 1928-2013). Obra: "O silêncio de Maria. Edições Paulinas. 39ª edição. 2012. 233p." (pág. 32/33) “No momento culminante, do alto da cruz, Alguém lhe deu um encargo de caráter urgente como última vontade: João, cuida com carinho de minha Mãe, lembrando-te de mim! Quis dizer-lhe muito mais do que isso, mas também isso.
[...] Creio que nunca houve, neste mundo, um relacionamento tão belo entre duas pessoas. Como foi? Quem cuidava de quem? O filho, de sua mãe, ou a mãe, de seu filho?
[...] Quando os dois falavam de Jesus, e cada um evocava suas recordações pessoais, e nessa meditação a dois, essas duas almas penetrantes e ardentes começavam a navegar nas águas profundas do mistério transcendente do Senhor Jesus Cristo... devia ser uma coisa jamais imaginada.
Não seria o Evangelho de João o fruto da reflexão teológica entre Maria e João? [...] João foi, com certeza, o primeiro a experimentar o que nós chamamos de devoção a Maria: amor filial, admiração, disponibilidade, fé...”